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25 September 2024
Vereador Gilmar Santiago/ Foto: Vanessa Souza- Click Notícias

Gilmar Santiago vê contradição no discurso do prefeito

Vereador diz que, em três anos, o Executivo priorizou as áreas nobres da cidade

O vereador Gilmar Santiago (PT) observa que o discurso do prefeito ACM Neto, na sessão de quarta-feira (18), ao entregar a minuta de lei do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) para apreciação da Câmara Municipal de Salvador, revela contradições da gestão municipal. “O prefeito falou em equilíbrio ambiental, econômico e social, mas nesses três anos priorizou obras nas áreas nobres, que ficaram totalmente acimentadas, como a Barra, e como está ficando o Rio Vermelho; só atuou nas áreas de encostas para competir com o governador Rui Costa”, frisa.

Visualiza também contrassenso no que se refere a construções na orla. “ACM Neto falou em disciplinar o surgimento de paredões, mas o município acabou de autorizar a construção de um prédio na Ladeira da Barra, que agride os padrões estéticos e arquitetônicos do local, e por suas dimensões irá interferir na ventilação e provocar sombreamento”.

Mobilidade

Com relação à igualdade econômica, Gilmar Santiago também destaca uma inconstância no pronunciamento. “Como igualdade, se toda a bancada da situação votou contra o parcelamento do ITIV para imóveis usados e para os que valem até R$ 80 mil?”, questiona. Segundo o vereador, o prefeito mostrou incongruência também no que se refere à mobilidade.

“Recentemente, ACM Neto e seus correligionários tentaram interromper as obras do metrô na Paralela; em seu discurso, reconheceu a importância do serviço; e o curioso é que até hoje o prefeito não apresentou um Plano de Mobilidade”, destaca. Para Gilmar Santiago, isso revela “que o prefeito coloca questões partidárias acima dos interesses da cidade”.

O vereador diz que a maior contradição do discurso esteve na afirmação da democracia. “ACM Neto falou em democracia no dia em que ele mandou fechar as portas da Câmara Municipal, colocou seus aliados no centro da plenária e deixou o povo com microfone e caixa de som falando na rua”. Gilmar Santiago ratifica, no entanto, que a falta de indicadores e de estudos técnicos são fatores que dificultarão a avaliação do plano.  “Como vamos nos nortear, quais são os parâmetros da elaboração desse plano?”, interrogou.