Governo autoriza intervenção em 47 ruas
Moradores de bairros como Nazaré, Barbalho, Macaúbas, Soledade, Lapinha e do entorno da rua Chile vão ser beneficiados com a recuperação de 47 ruas do Centro Antigo de Salvador. Nesta terça-feira, 19, o governador Rui Costa assinou a ordem de serviço para a intervenção nas vias e início imediato das obras, com um investimento de R$ 16,5 milhões.
A ação faz parte do projeto Pelas Ruas do Centro Antigo, uma ação estadual que prevê obras em 267 ruas da região e um investimento total de R$ 124 milhões. “Hoje, estamos autorizando mais 40 ruas na região do Barbalho e Nazaré. E, também, a recuperação da rua Chile [mais seis vias do entorno], que terá todo o cabeamento, a fiação elétrica, telefônica enterrada. Ou seja, não teremos mais fios aparentes na rua Chile”, afirmou o governador Rui Costa.
As 267 vias foram divididas em cinco lotes. A previsão é que todo o conjunto seja finalizado até o segundo semestre de 2017. Até esta terça, 22 ruas (8,2%) tiveram a intervenção finalizada. Nesta terça, foram assinadas as ordens de serviço para início das obras da segunda parte do lote 2 (rua Chile e outras seis vias) e do 5 (40 vias).
Revitalização
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Carlos Martins, o objetivo é revitalizar o Centro Antigo. Antes da elaboração do projeto, foi realizado um estudo na área para diagnóstico das ruas. Serão realizadas obras de pavimentação, construção de passeios com acessibilidade, ciclofaixas, sinalização viária e drenagem.
“As obras fazem parte do PAC Cidades Históricas e têm o objetivo de revalorizar nosso Centro Histórico e o Centro Antigo. Este é um grande patrimônio da Bahia e de Salvador. Milhares de pessoas vêm nos visitar, seja para conhecer nossa cultura ou nosso patrimônio histórico”, acrescentou Rui, que, antes de assinar as ordens de serviço, verificou as obras na região da ladeira da Água Brusca.
Morador da ladeira do Funil, no Barbalho, o motorista Tiago Santos, 31, achou positiva a iniciativa. Ele contou que uma tia de 80 anos que mora com ele tem dificuldades para sair de casa por causa de buracos na calçada e na via.
“Minha tia evita caminhar na ladeira por causa da buraqueira e da calçada danificada. Ela tem que pegar um táxi para sair de casa. Se fizerem, essa intervenção será positiva. Toda casa tem que ser reformada, e a rua é nossa casa também”, ressaltou Santos.
Comerciante da rua Chile há 20 anos, Gilson Brito destacou que é necessário que a intervenção seja acompanhada por outras ações. “É válido, mas o problema do centro é social. A degradação aqui é grande. Há muitos residentes do próprio entorno da Chile e moradores de rua que não estão inseridos no mercado de trabalho da região. O principal é o social. Não adianta fazer só gaiola bonita”, opinou.