Governo de Temer e o BC decidem sobre juros no país; será a primeira decisão no governo
O Comitê de Política Monetária do Banco Central toma a decisão sobre a taxa básica de juros do país. Em seu quarto encontro do Copom neste ano e a primeira decisão sobre o tema dentro do governo do presidente interino, Michel Temer.
Na terça-feira (7), o Senado aprovou o nome de Ilan Goldfajn, indicado por Temer, para ocupar a presidência do Banco Central. A taxa está em 14,25% ao ano desde julho do ano passado. Nas últimas seis reuniões, o BC decidiu manter a Selic no mesmo nível.
A tendência é que isso aconteça novamente nesta semana, na opinião da maioria dos analistas de mercado consultados pelo BC para o Boletim Focus, e também dos economistas consultados pela agência Reuters.
A Selic influencia todos os juros do país, mas é só uma referência: as taxas cobradas dos consumidores são muito mais altas.
Juros x Inflação
Os juros são usados pelo Banco Central para tentar controlar a inflação. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e forçar os preços a caírem. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para estimular o consumo.
A meta é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de 2 pontos, ou seja, pode variar entre 2,5% e 6,5%.
A inflação segue bem acima do limite máximo: chegou a 9,62% em 12 meses, segundo os dados mais recentes, da prévia da inflação (IPCA-15) em maio.
Porém, os juros também estão altos e o país está em recessão. Se o BC subir ainda mais os juros, corre o risco de fazer a economia encolher ainda mais.
Por Click Notícias