
“Governo Rui Costa quer deletar nossas universidades”, protestam alunos e professores da Bahia
Associação de Docentes da Uneb (Aduneb) juntamente com os alunos fizeram um ato pacífico em frente ao Shopping da Bahia na manhã desta quarta-feira (20) onde reivindicam melhorias na educação, a sobrevivência das universidades estaduais baianas, o pagamento do reajuste linear aos servidores estaduais, e a “política de retirada de direitos do funcionalismo público”.
Cerca de 200 pessoas estavam presentes no primeiro ato realizado pela associação. Com cartazes, panfletos, faixas e gritos de guerra pedem ao governador Rui Costa e ao secretário de Educação do Estado, Walter Pinheiro, sensibilidade para com os docentes da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). As quatro fazem parte da administração estadual indireta vinculada à Secretaria da Educação do Estado da Bahia.
O movimento teve apoio e concentração de diversas caravanas do interior e cidades vizinhas como: Vitória da Conquista, Ilhéus, Jequié, Feira de Santana, dentre outras. O ato teve o apoio de movimentos sindicais e sociais pedindo a inclusão a adesão dos técnicos da Uneb.
Em entrevista com o professor e coordenador do fórum, José Luiz, foi informado que governo do Estado tem se esquivado, dizendo que não pode ceder, no momento, às reivindicações, porém, a organização do protesto discorda.
“Dados do documento de Avaliação de Cumprimento das Metas Fiscais mostram que as receitas do estado, neste primeiro quadrimestre de 2016, totalizam R$ 13,14 bilhões, o que significa um aumento de 7,40% em relação ao ano anterior”, aponta o sindicato. O governo, no entanto, tem argumentado que não pode conceder o reajuste, por ter extrapolado os limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
O coordenador José Luiz garante que o caixa do governo vai muito bem. “Só neste ano, a sobra de recursos é de mais de 600 milhões de reais. Estes recursos serão usados para pagar juros de bancos”, disse.
As universidades garantem estado de paralisação até que as reivindicações para melhoria da educação sejam feitas. “Nenhuma universidade do Estado terá aula hoje”, concluiu José Luiz.
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