Greve de terceirizados suspende aulas em Ilhéus; servidores protestam
Manifestação ocorreu nesta quinta-feira (7), na região sul da Bahia.
Trabalhadores reclamam de atraso de salários e pagamentos de benefícios.
A greve dos servidores estaduais terceirizados na cidade de Ilhéus, no sul da Bahia, que já dura quase 50 dias, está interferindo no calendário letivo. Algumas escolas encurtaram o tempo das aulas, enquanto outras unidades de ensino suspenderam as atividades. Nesta quinta-feira (7), servidores realizaram um protesto na cidade contra o atraso no pagamento dos salários, motivo da paralisação.
O ato contou com a participação de merendeiras, porteiros, profissionais de limpeza e administrativos e teve o apoio de estudantes. Os servidores também reclamam que as empresas responsáveis pelos pagamentos também não estão em dia com benefícios como vale alimentação e vale-transporte dos trabalhadores.
Com a paralisação, o lixo das escolas não está sendo recolhido, e as atividades administrativas estão paradas. Algumas unidades reduziram a duração das aulas de 50 minutos para 30 minutos, enquanto outras escolas fecharam as portas.
Durante reunião em Salvador com representantes da Secretaria Estadual de Educação e do sindicato dos terceirizados, a empresa AML se comprometeu a pagar até esta sexta-feira (8) uma parte da dívida referente aos salários em atraso e também aos benefícios. O restante deve ser pago até o dia 20.
As empresas Sandes e Basetec não participaram da reunião, alegando não saber se terão o contrato renovado. A reportagem não conseguiu contato com as empresas. No caso das dívidas trabalhistas da empresa Locserv, também motivo de reclamação por parte dos servidores, a Secretaria da Educação do Estado disse que espera resolver a situação até a próxima semana.