
Greve dos bancários reduz venda no varejo em até 20%
O comércio baiano já contabiliza prejuízos de até 20% como reflexo da greve dos bancários, que nesta quarta-feira, 5, completou 30 dias. Se o movimento persistir até amanhã, as principais entidades representativas do setor no estado pretendem divulgar um manifesto na imprensa.
“Vamos apelar para o bom senso de banqueiros e trabalhadores, para que busquem um acordo, evitando maiores danos à economia que busca se recuperar da crise”, como explicou o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA), Carlos Andrade.
A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), a Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador (CDL) e a Associação Comercial da Bahia (ACB) também vão assinar o manifesto. As quatro instituições integram o Movimento Por um Comércio Mais Forte, lançado em abril visando a ações conjuntas para combater o efeito da crise econômica no setor.
Mercado popular
“Agora, temos ainda este agravante da greve, afetando, sobretudo, o comércio voltado para as classes C, D e E que não usam muito cartões de crédito e não são adeptas às transações pela internet”, frisou Andrade. “É um público que opera mais com dinheiro mesmo, o que afeta, portanto, as pequenas empresas, principalmente”.
Em média, a paralisação pode causar um impacto diário de até 5,95% nas vendas do comércio em todo o país, segundo estimativas da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). “A partir do momento em que o consumidor deixa de ter dinheiro para gastar, ele fica desmotivado para comprar”, explica o presidente da entidade, Honório Pinheiro.