Guardas municipais são capacitados para utilizar arma de baixa letalidade
Medida é para garantir a segurança da população, dos bens públicos e auxiliar na autodefesa do agente público
A utilização de armas de baixa letalidade, como pistolas de eletrochoque do tipo Spark – de fabricação nacional e semelhante ao tradicional Taser -, está cada vez mais inserida no conceito de segurança das grandes cidades. Em Salvador, 300 agentes da Guarda Municipal estão sendo capacitados para a utilização deste equipamento, que atuará de forma complementar ao Taser na proteção do patrimônio público e na segurança do cidadão. O treinamento é realizado na base do Grupamento de Operações Especiais da Guarda Municipal (GOE), na Avenida Paralela. No total, serão dez grupos participando do treinamento.
“Inicialmente, tratamos de habilitar os operadores que já utilizavam esse tipo de pistola de condutividade elétrica. Mas, a ideia é qualificar todo o grupamento no uso desse equipamento. Trata-se de uma arma de baixo potencial ofensivo, ideal para grandes cidades por ter baixos índices de letalidade. O princípio maior do manuseio desta arma é garantir a segurança da população, dos bens públicos e, principalmente, auxiliar na autodefesa do agente público. O equipamento tem o poder de imobilizar totalmente o infrator, sem que esta ação possa levá-lo à morte”, diz o gerente de Desenvolvimento da GM, Carlos Damasceno
Aspectos legais – A guarda Liliane Souza, que atua no apoio de grupamentos em toda a cidade, conta algumas das informações disponibilizadas aos alunos durante o intensivo. “Aqui aprendemos que a utilização dessa arma é necessária durante a atividade de proteger o patrimônio. Aliado a isso, nos ensinam aspectos legais do emprego deste equipamento, bem como o manuseio, posição de tiro, controle e manipulação das peças. Também nos é lembrado com frequência a necessidade de não incorrer em determinados erros como a prática de tortura e o abuso de poder. Dessa forma poderemos desempenhar melhor nossa função, traz um grande benefício para nossa atividade e parta a própria sociedade”, explica.