Homem que matou comerciante no Imbuí é policial civil; ofensas motivaram o crime
Ele alegou que agiu em legítima defesa. Além de atuar como policial, o suspeito também é taxista nas horas vagas
O suspeito de matar um comerciante no bairro do Imbuí, na noite da quinta-feira (16), se apresentou para a polícia na manhã desta sexta-feira (17). O crime aconteceu na rua dos Colibris, nas proximidades da Escola Pirilampo. Ele foi identificado como Carlos Evandro Vieira do Nascimento, policial civil lotado na 16ª Delegacia Territorial (DT/Pituba).
Além de ser investigado da Polícia Civil, Carlos também é taxista nas horas vagas e fazia ponto no Imbuí, como já tinha sido adiantado pelo Correio24horas. A vítima, Antônio Paulo Bispo da Silva, de 55 anos, foi atingido na virilha após o policial atirar duas vezes contra a barraca onde ele morava.
Ele era o dono de uma barraca de cachorro-quente e doces que ficava no local há mais de 20 anos. O investigador disse que agiu em legítima defesa. De acordo com a Polícia Civil, Carlos Evandro disse ter sido ameaçado pelo comerciante com uma barra de ferro na noite de ontem (16), e que por conta disto ele atirou para o chão, com o objetivo de se defender.
Ainda segundo o policial, um estilhaço do projétil ricocheteou e atingiu o comerciante na artéria ilíaca. Carlos Evandro ainda disse que era alvo constante de ofensas por parte de Antônio Paulo, e que já tinha registrado uma queixa contra o barraqueiro por injúria e difamação.
O investigador entregou a pistola de calibre 40 que teria usado na noite da quinta-feira (16) ao se apresentar na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Pituba. Carlos Evandro vai responder a um processo administrativo-disciplinar (PAD), e está afastado das ruas, realizando somente serviço administrado, enquanto durarem as investigações.
Um inquérito também foi instaurado pela Corregedoria da Polícia Civil para investigar o caso. A arma de Carlos Evandro, a barra de ferro, o projétil retirado no local e o estilhaço que atingiu a vítima vão passar por uma perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Por: Correio