maio 31, 2014
Homicídio no Lobato: Testemunha rebate sobre depoimento do PM dizendo que "ele é mentiroso".
Desde o último domingo (25) que parentes do jovem Ronald Marçal Bonfim, de 25 anos, que trabalhava como marinheiro na Bahia Marina, enfrentam a dor de ver o caçula ter sido assassinado com um tiro no peito. O principal suspeito: o policial militar Anildo Araújo Cassemiro, lotado na 14ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), do bairro do Lobato.
Na quinta-feira (29), uma testemunha relatou o fato em entrevista concedida ao site Bocão News, enquanto o PM estava foragido. Entretanto, nesta sexta (30), Anildo se apresentou e o advogado dele conversou com a repórter Adélia Felix. Segundo ele, Anildo voltava do acampamento de uma igreja evangélica, e pediu para a mulher dele buscá-lo em uma igreja no bairro de Plataforma. Ainda segundo o advogado do PM, acontecia uma festa próximo a residência do casal, que teve dificuldade para entrar em casa por conta da quantidade de pessoas que estavam na rua.
"Tinham várias pessoas na porta da casa dele. De forma educada, pediu licença para entrar em casa, quando foi agredido por uma das pessoas com um soco. Ao tentar se defender, entrou em vias de fato. Ele foi agredido por outras pessoas e por Ronald, o policial também tentou se defender. Encurralaram ele em uma rua sem saída", contou o advogado Dinoermeson Tiago Nascimento.
Entretanto, uma testemunha procurou a reportagem e rebateu as declarações do acusado. "Ele é mentiroso e tem ficha suja. A família de Ronald é do bem e toda comunidade gosta dele. Queremos que ele pague por isso porque não tem como ele ficar em sociedade como policial", desabafou.
Ainda conforme esta testemunha que preferiu não ter a identidade revelada, Ronald era de uma família grande "que nunca havia passado por isso. Após a morte dele, a mãe está passando mal e o pai ficou dois dias internados. Todos em Plataforma estão tristes com o ocorrido". Ontem, uma outra testemunha havia contado como o fato aconteceu, que contradiz a versão passada pelo advogado. "Ele tem uma amante que mora nesta casa alugada dele, aqui em Plataforma, há cerca de três meses. No dia do crime, antes de ele chegar em casa, estavam a irmã e uma amiga da amante dele sentadas na porta de casa que fica ao lado da casa de Ronald. Aí, Anildo veio subindo a ladeira com a amante e do nada deu um murro no rosto do primo de Ronald. Nem discussão houve. Ronald aí segurou o PM pra tentar apartar a briga e ele (o policial) puxou a arma e deu um tiro no peito de Ronald. Foi uma tragédia. Ronald morreu na hora", contou uma testemunha, que por medo, preferiu não ter a identidade revelada. Segundo ela, a família de Ronald ainda tentou prestar socorro ao jovem, mas era tarde demais.
Ainda conforme esta testemunha que preferiu não ter a identidade revelada, Ronald era de uma família grande "que nunca havia passado por isso. Após a morte dele, a mãe está passando mal e o pai ficou dois dias internados. Todos em Plataforma estão tristes com o ocorrido". Ontem, uma outra testemunha havia contado como o fato aconteceu, que contradiz a versão passada pelo advogado. "Ele tem uma amante que mora nesta casa alugada dele, aqui em Plataforma, há cerca de três meses. No dia do crime, antes de ele chegar em casa, estavam a irmã e uma amiga da amante dele sentadas na porta de casa que fica ao lado da casa de Ronald. Aí, Anildo veio subindo a ladeira com a amante e do nada deu um murro no rosto do primo de Ronald. Nem discussão houve. Ronald aí segurou o PM pra tentar apartar a briga e ele (o policial) puxou a arma e deu um tiro no peito de Ronald. Foi uma tragédia. Ronald morreu na hora", contou uma testemunha, que por medo, preferiu não ter a identidade revelada. Segundo ela, a família de Ronald ainda tentou prestar socorro ao jovem, mas era tarde demais.