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27 November 2024

Horas antes de ser morto, empresário foi à AL-BA fazer denúncias contra Millennium por Rodrigo Aguiar

 
Horas antes de ser morto, empresário foi à AL-BA fazer denúncias contra Millennium
 

Horas antes de ser morto, o empresário e ambientalista Ivo Barreto do Couto Filho, conhecido como Ivo Bacana, prestou depoimento na Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) sobre denúncias relativas à Millennium, em Camaçari. Segundo testemunhas, Ivo estava no estacionamento Market, no bairro de Nazaré, quando um homem chegou ao local e anunciou um assalto. Proprietário do espaço, o empresário foi baleado por volta das 14 horas. Pela manhã, o ambientalista foi, junto com o ex-deputado Heraldo Rocha (DEM) à AL-BA, onde apresentou questionamentos sobre um suposto crime ambiental da empresa. Em entrevista ao Bahia Notícias, o democrata disse estar “chocado” com a morte de Ivo, apesar de conhecê-lo há pouco tempo. “Eu conheci ele pelo Facebook. Não tenho relação com essa área de meio ambiente”, afirmou. Rocha contou inclusive que participou, junto com o empresário, de uma reunião com o promotor Luciano Pitta, do Ministério Público da Bahia, em Camaçari. Presidente do colegiado que ouviu o ambientalista, o deputado Leur Lomanto Jr. (PMDB) disse que Ivo apresentou uma lista com questionamentos a serem feitos à Millennium. “Ele leu na hora, só pegando para ver. Eram perguntas que envolviam crime ambiental, licenciamento do Inema [Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos], se a empresa havia atendido condicionantes. Ele disse que possuía também um vídeo subaquático”, enumerou o peemedebista. Lomanto Jr. disse que o tema das denúncias será objeto de uma audiência pública, ainda sem data definida. “Fiquei de convidar o secretário do Meio Ambiente, o Ministério Público, técnicos do Inema e representantes da Millennium”, afirmou. Ao saber ainda nesta quinta do assassinato, o presidente da comissão chegou a ligar para o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, “para saber o que tinha acontecido”, mas não conseguiu falar com o titular da SS