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26 November 2024
Foto: Márcio Alves/ site Extra

Idosa não consegue comprar remédio após farmacêuticos não entenderem letra do médico

A caligrafia de um dos médicos do Hospital estadual Getúlio Vargas, no bairro da Penha, Rio de Janeiro, causou problemas para a dona de casa Glória Maria Loureiro Ribeiro, 75 anos. Com diarreia e dor abdominal, ela foi à unidade de saúde na última sexta-feira (22) e pegou a receita de um medicamento com letras totalmente ilegíveis.

O marido da dona de casa, Wilson Ribeiro, 75 anos percorreu sete drogarias, mas não conseguiu comprar o remédio porque nenhum farmacêutico conseguiu entendera letra do médico.

Wilson e o filho Leandro Ribeiro, de 40 anos, voltaram com a receita ao Getúlio Vargas e foram atendidos pela Chefia da Emergência, mas nem a chefe e nenhum dos quatro plantonistas decifraram o documento. “Os médicos, por mais que tenham boa vontade, podem acabar prejudicando uma pessoa com receitas que não são entendidas da forma correta”. Desabafou Leandro.

O médico Edmar Moreira, de 48 anos, disse se empenhar em melhorar a caligrafia e ressaltou que a idosa recebeu atendimento adequado e explicação verbal. “É uma vida inteira de dedicação à medicina, residência e especialização. Ofereci bom atendimento à paciente, mas reconheço que preciso melhorar a letra e estou tomando providências. Médicos escrevem receitas com pressa porque há muitas pessoas a serem atendidas”.

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) afirmou que há uma norma no Código de Ética Médica que diz que todos os médicos devem prescrever qualquer medicamento de forma legível. Os pacientes que tiverem um atendimento que não siga esta determinação podem denunciar ao Conselho.

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