Janot ironiza sobre Temer na presidência e aguarda Supremo decidir futuro de Cunha
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, admitiu a possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff, nesta sexta-feira (22), no auditório da Brazil Conference, no Massachusetts Institute of Technology (MIT). Por outro lado, se esquivou de comentar cobre o futuro do governo, caso o vice-presidente, Michel Temer, assumir. “Vamos viver uma agonia cada dia”, ironizou em entrevista.
Janot acredita que o Supremo decide, em breve, o futuro de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Nós enviamos várias denúncias contra ele e mais duas devem ser consideradas em breve pelo Supremo. Não podemos admitir que o terceiro homem na linha sucessória tenha um passado como o dele”. As investigações envolvendo políticos no Brasil não podem ser interrompidas, de acordo com o procurador, e que o mundo espera uma resposta contundente da Justiça brasileira.
“A investigação para pôr fim ao escândalo que abala o país não será interrompida, mas terá um fim que não deve demorar”, ressaltou Janot. Ele também ressaltou que o Ministério Público deve ajudar na reforma política para melhorar o Brasil.