Joceval Rodrigues rebate Aladilce sobre discurso de “golpe”
Diante do palco político que se instalou na cidade e em todo o país, o líder da oposição na Câmara de Salvador, vereador Joceval Rodrigues (PPS), analisou também o cenário político regional e nacional ao sustentar o enfraquecimento e a desconstrução de uma tese de “golpe” em relação a Louos, Impeachment e o atual governo Michel Temer.
Em um tom mais ameno, o vereador evitou criar situações e polemizar sobre o Projeto de Lei que pretende criar a Lei de Ordenamento e Ocupação do Uso do Solo do Município (Louos) que regulamenta o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), entre outros assuntos referentes ao cenário político nacional.
“Da mesma forma como foi com o PDDU, o processo de construção da Louos será com democracia, com discussão e com debate. Nós não vemos na matéria da Louos nenhum tipo de dificuldade, pois a própria tramitação do PDDU já deixa bem clara muita base do que vai ser aprovado na Louos. Nós acreditamos que a Louos vai ter uma tramitação tranquila pelo fato da ampla democracia e discussão, o mesmo que aconteceu com o PDDU”, espera Joceval.
Ao contrário do que pensa e defende a sua rival, a líder da oposição, vereadora Aladilce Souza (PCdoB) sobre o impeachment contra a presidente afastada Dilma Rousseff (PT), Joceval fez questão de registrar que neste processo o então Advogado Geral da União, José Eduardo Cardoso, já atuava como advogado da presidente no exercício do seu cargo, e que após o impeachment, a presidente continua com o mesmo advogado. “Eu acredito que o impeachment é irrevogável, é um processo que não vai ter volta e o caminho é a concretização do impeachment”, declara.
Sobre as medidas impopulares anunciadas pelo atual presidente interino Michel Temer, que tem o PPS como aliado do atual governo provisório, Joceval defende uma aliança com o país. “Não é disputa de cargos e não são debates que vão ajudar, mas precisamos fazer uma grande aliança para salvar o país, pois o PT deixou o país num caos”, acredita.
Quanto às iniciativas no Congresso Nacional na tentativa de parar a Operação Lava Jato, o político reforça que o PPS, mesmo sendo partido aliado ao PMDB do presidente do Senado, senador Renan Calheiros que pretende apresentar no Congresso medidas que pretendem enfraquecer as investigações, rechaça qualquer tipo de interferência para impedir esse processo.
“Se o Senado entende que a Lava Jato é um mal que precisa ser estancado, o PPS é contra. O PPS deu diversas declarações e gestos demonstrando a importância da Lava Jato. Aliás, o PPS é um dos poucos partidos que não teve ninguém envolvido nesse processo. Nós somos contra a qualquer tipo de iniciativa para barrar a Lava Jato”, afirma.