Jovem evangélico é morto por facção e tem cabeça arrancada em Salvador
Foto: Reprodução/Redes Sociais
A cabeça encontrada no dia 23 de setembro no bairro do Rio Sena, no subúrbio ferroviário de Salvador, era do jovem evangélico Diego Souza dos Santos, de 16 anos. De acordo com uma irmã da igreja onde ele congregava, o jovem foi morto e teve a barriga rasgada pelos marginais.
“A gente vê matando de tiro, facada, mas daquela forma? O menino era evangélico e mesmo uma pessoa ruim não merecia aquilo. Arrancaram a cabeça e deixaram no local como se estivessem exibindo um troféu”, contou uma a religiosa em entrevista ao jornal Correio 24H.
O caso chocou os moradores do subúrbio pela crueldade dos bandidos. A outra parte do corpo de Diego foi encontrada no dia seguinte em Ilha Amarela, bairro vizinho ao local onde a cabeça da vítima foi encontrada dentro de uma caixa, ao lado de um poste de iluminação pública.
De acordo com moradores, Diego Souza não tinha envolvimento com o mundo do crime, era aluno do Colégio Estadual Sara Violeta de Melo Kertesz e quando não estava participando das atividades da igreja que frequentava, fazia pequenos “bicos” no bairro.
“Ele era muito vaidoso e todo o dinheirinho que ganhava era para cortar o cabelo. Ficamos aterrorizados com o que fizeram com ele. Aqui todo mundo se conhece e sabe quem presta e quem não presta e Diego era um menino muito querido e da igreja”, disse uma moradora, que não teve a identidade divulgada.
Moradores da região apontam duas versões para a motivação do primeiro. A primeira aponta que Diego teria sido assassinado porque uma pessoa que tinha rivalidade com uma facção criminosa frequentava a sua casa. “Queriam pegar o moço que ia bastante na casa dele, porque é do grupo rival. Como o menino (Diego) estava de bobeira, fizeram a covardia como vingança”, relatou um morador.
A segunda versão aponta que o jovem foi atraído para uma rua dominada por uma facção criminosa. Alguns moradores dizem que Diego foi vítima de uma emboscada armada pelo homem que frequentava a casa dele. “Ninguém sabe o que ele disse para levar o menino até lá, mas todo mundo aqui sabe da rivalidade entre eles, quem é de lá, não vem para cá e daqui não põe o pé lá. Mas Diego estava morando [na região do conflito] há uns seis meses”, contou uma senhora ao Jornal Correio 24h.
A reportagem do Varela Net entrou em contato com a Polícia Civil da Bahia para saber como andam as investigações do caso, mas até o fechamento desta matéria não houve resposta.
VARELANET