Jovem pede por clemência mas traficantes metem bala
Agentes da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) apuram se o adolescente de 14 anos, encontrado morto no Pacheco, em São Gonçalo, na manhã de sexta-feira (20), foi executado por traficantes do Comando Vermelho (CV), que atacaram o Complexo do Miriambi durante o final de semana?
Nas redes sociais, circula uma foto do menor antes de ser morto, com oito armas, entre fuzis e pistolas, apontadas para seu rosto. Na imagem é possível perceber que a vítima já havia sido agredida, pois estava com o rosto sangrando.
De acordo com o delegado Leonardo Affonso, responsável pelas investigações, já foi confirmado que o adolescente de 14 anos foi morto em razão da guerra entre traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP) e do Comando Vermelho (CV) pelo domínio territorial do Morro da Caixa d’Água, no Vila Três, e Jardim Miriambi.
“Não posso confirmar se a vítima era aliada a alguma facção. No momento, existem suposições a respeito do grupo responsável pelo crime, mas, pelo que apuramos inicialmente, a linha mais forte indica que o Comando Vermelho foi quem cometeu o homicídio”, disse Affonso.
Num vídeo, criminosos armados de pistolas afirmam ser integrantes do CV e que mataram quem os enfrentou. Na gravação, também ameaçam o ex-comparsa de facção Carlos Eduardo Barros de Oliveira, o Grisalho, que é chefe do tráfico do Complexo do Miriambi.
“Aí óh chefe, quem peitou morreu. Óh nós aí, óh a tropa aí, quem peitou morreu. Isso aqui é CV…Nós voltou pá casa, nós tá de lá, a bala voa. Óh o GN aí, felizão porque voltou pra casa. Nós tá daqui, nós tá em casa. Vai morrer Grisalho…, traidor”, falavam os traficantes.
A DH trabalha para identificar quem são os bandidos que aparecem no vídeo.
Recordando – Na manhã de segunda-feira, o corpo de um adolescente de 14 anos foi deixado na Rua Avelino Dutra de Carvalho, no Pacheco, em São Gonçalo. De acordo com a polícia, o menor foi morto durante a madrugada de segunda no Complexo do Miriambi e, por volta das 8h, traficantes retiraram o corpo da comunidade e o deixaram enrolado em uma colcha na calçada de uma rua, colada ao muro do Cemitério Municipal do Pacheco.
Agentes da Divisão de Homicídios foram até o local para realizar perícia técnica e constataram que a vítima foi morta com tiros de fuzil na cabeça.
O São Gonçalo