Justiça ordena exclusão de post machista de Eduardo Bolsonaro e Hang
Justiça de São Paulo determinou que o Twitter apagasse as postagens do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do empresário Luciano Hang, dono das Lojas Havan, em que eles fizeram declarações machistas sobre desabamento nas obras de construção da linha 6-laranja do metrô de São Paulo, em fevereiro deste ano.
Na ocasião, os bolsonaristas atribuíram o acidente a contratação de engenheiras.
A decisão foi assinada pela juíza Luciana Biagio Laquimia, da 17ª Vara Cível de São Paulo.
Ela afirmou que a postagem “consiste em estéril manifestação sexista, machista e misógina, juridicamente violadora de direitos”.
A magistrada ainda disse que “Luciano Hang e Eduardo Bolsonaro, pessoas públicas, postaram vídeo em seus perfis oficiais do Twitter em que sumariamente julgaram e condenaram as autoras pela responsabilidade do acidente nas obras”.
Hang e Bolsonaro também foram condenados a pagar os custos processuais e honorários advocatícios, no valor de R$ 10 mil.
A rede social já removeu as publicações.
Foram as próprias engenheiras que pediram a exclusão do conteúdo ofensivo.
Elas aparecem no vídeo institucional da Acciona, uma das empresas responsáveis pela obra.
A gravação publicada pelo filho do presidente reúne imagens da cratera que se abriu na Marginal Tietê e entrevistas com mulheres que trabalham na empresa responsável pela obra.
Procuro sempre contratar mulheres’, mas por qual motivo?
Homem é pior engenheiro?
Quando a meritocracia dá espaço para uma ideologia sem comprovação científica o resultado não costuma ser o melhor.
Escolha sempre o melhor profissional, independente da sua cor, sexo, etnia e etc”, escreveu Eduardo Bolsonaro na internet.
Na época, a Acciona repudiou as declarações do deputado e classificou o ato como “desrespeitoso” e “misógino”.
A companhia também afirmou que estuda medidas judiciais contra o parlamentar.
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