Justiça tenta adiantar processo para venda judicial do Hospital Espanhol
O Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT5-BA) não concedeu novo prazo para apresentação de proposta formal de compra do Hospital Espanhol, da Real Sociedade Espanhola de Beneficência, pelo Grupo Promédica. De acordo com o conciliador do Juízo de Conciliação de 2ª Instância (JC2), desembargador Jéferson Muricy, a proposta, que vinha sendo aguardada desde janeiro, definiria o futuro dos cerca de 2.300 trabalhadores com processos contra o hospital, mediante acordo global chancelado pela Justiça.
Após audiência com dirigentes e ex-empregados do Espanhol, o TRT anunciou que vai buscar alternativas que possam satisfazer os créditos dos trabalhadores por meio de expropriação forçada do patrimônio do Hospital.
“Somos orientados por um ordenamento jurídico que nos cobra atuação. São centenas de trabalhadores que esperam uma posição da Justiça”, explicou o desembargador Jéferson Muricy, ao rejeitar o pedido de mais tempo solicitado pela Real Sociedade Espanhola para apresentação da proposta, posição que teve apoio maciço dos advogados e trabalhadores presentes. A estimativa, inicialmente dada para janeiro/2016 pela própria Promédica, já havia sido prorrogada para março deste ano, a pedido do próprio Hospital, que alegou ‘pendências no processo de negociação’ junto ao Grupo Promédica.
Segundo levantamento apresentado pelo juiz Júlio Massa, só de passivos trabalhistas eram R$ 113,8 milhões em 1.660 processos com acordos calculados. Como outros 660 processos ainda deverão ser reunidos na planilha, o montante da dívida deve elevar ainda mais, segundo o magistrado.
Metro 1