Kátia Alves debate instalação de dispositivo em caixas eletrônicos
Projeto de lei visa retardar ou até mesmo impedir a ação de bandidos
Autoridades de diversas instituições de segurança do Estado da Bahia e da cidade de Salvador se reuniram na manhã desta terça-feira (29), na Câmara Municipal, para debater o Projeto de Lei nº 228/15. De autoria da vereadora Kátia Alves (DEM), a matéria visa à implantação de um dispositivo, por parte dos bancos, para retardar ou impedir o roubo a caixas eletrônicos na capital baiana. A audiência pública foi realizada no auditório do edifício Bahia Center.
Presidindo a reunião, Kátia Alves explicou que a ideia surgiu através de uma parceria com o ex-secretário nacional de Segurança Pública, coronel José Vicente. “Em conversa com o coronel, que atua no estado de São Paulo, tive o conhecimento de que bancos estavam implantando uma peça nos caixas e com isso diminuindo a ação de bandidos”.
A vereadora esclareceu como funciona a medida: “É uma coisa simples, que pode ser feita em qualquer forjaria. Se trata em diminuir a boca de saída das cédulas de dinheiro, local por onde os ladrões inserem os explosivos ou arrombam com pé de cabra, com um material reforçado, retardando ou impossibilitando a ação dos bandidos”.
Ações contra o crime
O coronel José Vicente defendeu a implantação do projeto de lei na cidade. “É a segurança da população e também de policiais que está em jogo. Existem três fatores cruciais nos crimes: o criminoso, o alvo e o local onde acontece o delito. Se interferirmos em algum desses aspectos nós conseguimos reduzir ou evitar o crime”, declarou.
Ao comentar o projeto de lei, o ex-secretário usou como exemplo a implantação de detectores de metais nas entradas dos bancos. “Ao serem implantados, reduziram de 2500 assaltos, ao mês, para apenas 300”, afirmou o coronel José Vivente.
Explosivos
A audiência contou com a presença do representante da 6ª Região Militar, coronel da reserva do Exército Luiz Garcia, que falou do controle e comércio de explosivos. “Somos responsáveis pelos estados da Bahia e de Sergipe e em nossas ações temos aumentado a fiscalização do comércio de explosivos. Já existem meios de rastrear e de saber onde esses materiais foram vendidos ou produzidos”, destacou. O coronel lamentou a existência de rotas alternativas e ilegais que os bandidos utilizam para contrabandear os explosivos.
O debate contou com as presenças do vereador Orlando Palhinha (DEM) e do delegado Sérgio Malaquias, da Polícia Civil.
Fonte: Ascom CMS/Foto: Reprodução Reginaldo Ipê CMS