Lama de Mariana ameaça recife de Abrolhos; ambientalistas tentam salvar animais
Rejeitos de minério do rompimento de barragens da Samarco, na cidade de Mariana, em Minas Gerais, podem arrasar um dos maiores ecossistemas do país: os recifes de corais de Abrolhos. O problema tem preocupado ambientalistas, que acostumados com ações de proteção a golfinhos e tartarugas ameaçadas que vivem e se reproduzem apenas ali, eles passaram a última semana numa força-tarefa.
Segundo o jornal O Globo, a força-tarefa visa reduzir possíveis impactos dos rejeitos nas mais de 500 espécies na área, entrada para o banco de Abrolhos. Considerados “Amazônia oceânicas”, os recifes de corais — estão bem mais próximos que o arquipélago, a 221 quilômetros do estuário. . De acordo com o boletim do Serviço Geológico do Brasil no sábado, a chegada da água turva à barra está sendo reavaliada em razão de sua passagem por reservatórios de usinas hidrelétricas.
Ainda segundo a publicação, jubartes, dourados, meros, raias mantas convivem próximo à foz. O local é o limite Norte no Brasil das toninhas, golfinho mais ameaçado do país. A região — considerada pelo governo federal área prioritária de conservação — também é ponto estratégico para sobrevivência de botos-cinza. O local é ainda o único ponto no Atlântico Sul ocidental com concentração de desovas de tartaruga-de-couro, espécie mais ameaçada de extinção no Brasil; e 2º maior ponto de concentração de desova de tartaruga cabeçuda, assistidas por uma importante unidade do Tamar em Regência.
Procurada pelo O Globo, a Samarco — multada em R$ 250 milhões pelo Ibama — afirmou que está executando sistema emergencial de monitoramento ambiental e que contratou uma empresa para diagnosticar a área atingida e elaborar um plano de recuperação.
Por Metro1