MBL monta piquete para “convencer” deputados indecisos
O Movimento Brasil Livre (MBL) adotou uma prática interessante para “sensibilizar” os deputados federais indecisos a votarem pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff na próxima semana. Com carro de som e um grupo de “avistas” em motocicletas está circulando por Salvador e “visitando” as residências dos parlamentares, onde se manifestam.
A pressão é vista por eles, conforme texto enviado à imprensa, como uma forma de sensibilizar, mas as afirmativas adotadas pelos entusiastas são interessantes. A exemplo da ação anunciada nas proximidades da loja Iguatemi Pneus, do deputado federal José Nunes (PSD).
O coordenador do MBL na Bahia Ricardo Almeida ressalta que a “ideia é que a população se convença de boicotar os negócios do deputado federal José Nunes até ele tomar uma posição pelo impeachment”.
A narrativa do grupo que defende o impeachment é rigorosa, como pode ser visto no primeiro ato deste sábado. Eles montaram piquete em frente ao edifício Mansão Eleonor Calmon, na Vitória, onde mora o deputado Paulo Magalhães (PSD) e cobraram dele um gesto que segundo o MBL é “em favor do povo brasileiro que vem sofrendo bastante com a recessão profunda, o desemprego e inflação, causados pela desastrada, irresponsável e incompetente gestão de Dilma Rousseff”.
Já em frente ao edifício Mansão Arthur Moreira Lima, também na Vitória, morada do deputado Félix Mendonça Jr (PDT), o MBL cobrou coerência do parlamentar. “Como é que um empresário, dono da construtora MRM, diretamente afetado pelas irresponsabilidades e incompetência de Dilma, pode ser contra o impeachment?”.
O MBL afirma ainda que “na lista da Operação Minerva”, pretende realizar atos relâmpagos nas residências e bases eleitorais dos deputados chamados de indecisos como Antônio Brito (PSD), Sérgio Brito (PSD), João Bacelar (PR), José Rocha (PR), João Carlos Bacelar (PTN), José Carlos Araújo (PR), Bebeto (PSB) e Fernando Torres (PSD).
“Ainda neste sábado, voltaremos à casa do deputado Ronaldo Carletto (PP), na Avenida Paralela, e também estaremos na de Cacá Leão (PP). Até a votação do impeachment, os atos continuam e só cessam para quem anunciar o apoio a afastamento de Dilma”, diz Ricardo Almeida