Mesmo com o fim da campanha, vacinação contra febre amarela prossegue nos postos de Salvador
Mesmo com o fim da campanha de vacinação contra a febre amarela, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) prossegue com a oferta das doses nos postos de saúde para prevenir que a doença chegue a Salvador. Isso porque a estratégia, que tinha como objetivo ampliar o acesso às doses do imunobiológico e a cobertura vacinal na cidade, imunizou apenas 56% do público-alvo – a meta era chegar a 95%.
“Não temos caso notificado em humanos em Salvador. No entanto, esse ano, o Ministério da Saúde já contabilizou mais de 800 episódios confirmados de febre amarela em todo país. Isso quer dizer que o vírus está circulando dentro do território nacional e a melhor forma de se proteger contra a doença é com a vacinação”, esclareceu a subcoordenadora de Imunização da SMS, Doiane Lemos.
Os cidadãos podem encontrar a vacina nas 41 unidades de referência da capital baiana, das 8h às 17h. A dose é contraindicada para crianças menores de seis meses, idosos acima dos 60 anos, gestantes, mulheres que amamentam crianças de até seis meses, pacientes em tratamento de câncer e pessoas imunodeprimidas.
Macacos – Em 2018, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Salvador já capturou 140 macacos nos bairros da capital baiana. Desse total, 129 animais estavam mortos e outros 11, vivos (aparentemente doentes). Amostras foram encaminhadas para o Laboratório Central do Estado (Lacen) para verificar as causas das mortes. Esse ano ainda não foram confirmados casos de febre amarela em macacos em Salvador.
Cartão deve ser guardado – Doiane Lemos alerta aos adultos sobre o cuidado com o cartão de vacinação, para comprovar as vacinas já tomadas desde a infância e a necessidade de reforço de algumas doses ao longo da vida. O ideal é que o documento possa ser armazenado de diversas maneiras. “Podem mandar para o e-mail, tirar cópias. Assim, o cidadão terá outros meios de resgatar as informações, em caso de perda”, pontua.
A subcoordenadora alerta ainda para que os adultos e os idosos mantenham a caderneta de vacinação em dia. “As pessoas não têm o hábito de procurar os centros de saúde com o avançar da idade, o que diminui a adesão nas vacinas”, completa. Além disso, é preciso ficar atento ao período para que o imunobiológico – de dez a 15 dias, em média – comece a produzir anticorpos no organismo.
Como são feitas as vacinas – As vacinas são feitas com microrganismos enfraquecidos ou mortos da própria doença que previne. Isso faz com que o corpo de quem recebe a vacina não desenvolva a doença e crie anticorpos para combatê-la. Por isso, a imunização é um dos mecanismos mais eficazes na defesa do organismo contra agentes infecciosos e bacterianos, evitando que a pessoa desenvolva a doença.