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23 November 2024

Micro e Pequenas Empresas baianas geraram 68% dos empregos formais no 1º semestre de 2023

Foto: Reprodução

São bons tempos para a geração de emprego e renda nas Micro e Pequenas Empresas baianas. De janeiro a maio, foram gerados 42.624, dos quais 68% (28.850), foram gerados elas MPE, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Nesse contexto, Salvador abriga 27% das oportunidades geradas pelas MPE e, destaca-se que dos empregos formais gerados em Salvador, no período, aproximadamente 100% foram oriundos dos pequenos negócios.

Os dados estadual seguem a tendência nacional, conforme indica estudo realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), divulgado pela Agência Brasil. Em 2023, sete em cada dez vagas de trabalho com carteira assinada foram pelas MPE. O estudo foi feito com dados do Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego. De janeiro a maio, o Brasil criou 865.360 empregos formais. Desses, 594.213 foram por MPE. Isso representa 69%.

O resultado é considerado positivo nos dois cenários, segundo Anderson dos Santos Teixeira, analista da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae Bahia. Para ele, o principal fator para esse resultado é que 95% das empresas formalizadas ­no estado têm potencial para gerar novos postos de trabalho.

“Outro ponto de destaque é que as micro e pequenas empresas baianas estão inseridas fortemente em áreas que são intensivas em mão de obra, isto é, nos setores de Comércio e Serviços, com 45% e 40% no quantitativo de empresas ativas/formalizadas (em julho/2023), respectivamente. Esses dois fatores conjugados, principalmente, ajudam a compreender o porquê do impacto que os pequenos negócios trazem para o mercado formal de trabalho”, argumentou.

Aumento do consumo

A discussão da reforma tributária no Congresso Nacional, a sinalização do Banco Central para redução da taxa de juros, os incentivos fiscais que foram concedidos para incentivar a venda de veículos, o Desenrola Brasil, por exemplo, são consideradas por Anderson como medidas que sinalizam que o Governo Federal busca dar dinamismo para a economia.

Para ele, essas medidas podem influenciar no aumento do consumo das famílias, já que consequentemente impactará no aumento de consumo de bens alimentícios, bebidas, dentre outros.

“Sendo assim, em se concretizando esse cenário a perspectiva é que o mercado de trabalho formal aumente as contratações, ou seja, gere mais oportunidades de trabalho. Em contrapartida, com a economia aquecida, inflação sob controle, pessoas menos endividadas, crédito acessível, haverá estímulo para que as pessoas empreendam, formalizem seus negócios para aproveitar as oportunidades que surgirão com o bom momento da economia”.

Para fortalecer esse crescimento, o Sebrae Bahia promove palestras, oficinas, cursos, seminários, workshops e diversos tipos de treinamentos em várias áreas (marketing, finanças, inovação e outros) para capacitar os empreendedores e assim auxiliá-los no aperfeiçoamento da gestão dos seus negócios.

“Ofertamos também mentorias e consultorias individualizadas, de acordo com as necessidades dos empresários para que esse atendimento personalizado possa trazer inovações em seus negócios. Também realizamos feiras para estimular o acesso a novos mercados, networking, negociações e vendas dos produtos serviços desenvolvidos pelos empreendedores baianos. E, para aqueles pessoas que querem tirar sua ideia do papel, iniciar o seu negócio também temos soluções voltadas para dar esse passo inicial. Enfim, o Sebrae atua para estimular a abertura dos negócios e, também para que os negócios existentes sejam sustentáveis e continuem trazendo impactos positivos nas economias locais”, explicou Anderson.