jun 9, 2014
Minha voz não será vendida, diz Eliana Calmon sobre doações para campanha
A ex-ministra e pré-candidata ao Senado Federal pelo PSB, Eliana Calmon, criticou em entrevista à Rádio Metrópole, na manhã desta segunda-feira (9), a legislação eleitoral e comentou sobre sua pré-campanha. "É uma farsa, essa legislação é caduca e só beneficia quem está aí, não podemos dizer que somos candidatos, somos pré-candidatos. Estou fazendo palestras, percorrendo as cidades do interior, mas com o olhar de pré-candidata, tenho conversado com o povo, e isso é muito interessante", disse.
Ainda durante conversa, ela ressaltou que é contra o financiamento particular de campanhas eleitorais. Calmon detalhou que se considera uma "rebelde" e que usa as regras vigentes para chegar ao cargo e lutar por mudanças. "Quando me candidatei a uma vaga no STJ, ninguém acreditou que eu fosse capaz de chegar lá, porque todo o processo é pontilhado por troca de favores. No primeiro momento, com os eleitores no Tribunal. Depois, com a indicação do presidente da república, com a interferência dos padrinhos políticos. Diziam que eu nunca chegaria lá. E eu cheguei. No Senado, perguntaram se eu tinha padrinhos politicos, e eu respondi que sim, que eu joguei as regras do jogo".
E continuou: "nessas eleições eu estou jogando as regras do jogo? Tô. Eu não vou ser ingênua de achar que se as pessoas não doarem, eu vou fazer campanha. O pouco dinheiro que angariei na vida eu não vou colocar na campanha. Isso tá dito a Lídice [da Mata, pré-candidata ao governo do estado] e Eduardo [Campos, pré-candidato à presidência da República]. Não é dinheiro que me faz partir pra essa campanha, mas a minha vontade de mudar as coisas", falou.