abr 24, 2014
Mortalidade neonatal na Bahia atinge 11,8 por mil nascidos; Em Salvador, índice é de 15,5/mil
Estado registrou 8% de nascidos com baixo peso; capital teve 11,7%
Dados da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) apontam que a mortalidade neonatal no estado chegou a 11,8 bebês por mil nascidos vivos em 2013. Na capital do estado, o índice atingiu 15,5 por mil. Essas informações serão discutidos a partir desta quinta-feira (24) até sábado (26) durante o 8° Simpósio de Perinatologia do Nordeste, realizado no Hotel Pestana, em Salvador. Segundo a professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, Licia Moreira, os recém-nascidos de baixo peso (com menos 2,5 kg) "estão entre 7% e 10% de todos os nascidos vivos e são responsáveis por dois terços da mortalidade neonatal no mundo”. Ainda de acordo com a Sesab, o estado teve 8% dos bebês nascidos com baixo peso em 2013, enquanto Salvador atingiu um índice ainda maior, 11,7%. “O baixo peso ao nascer apresenta-se como um problema de saúde pública nos países em desenvolvimento, considerando a sua alta mortalidade e, sobretudo, a elevada morbidade que essas crianças possuem, com impacto para a família e para o Estado”, alerta a neonatologista, que salienta que o percentual de recém-nascidos de baixo peso (RNBP) em países desenvolvidos é 5,5% contra 18% em países em desenvolvimento. A médica também chama a atenção para os problemas do baixo peso na vida adulta. “Estudos recentes identificam uma associação entre indicadores de desnutrição fetal (como baixo peso ao nascer) e doenças crônicas na vida adulta (hipertensão arterial, diabetes, obesidade, doença coronariana, resistência a insulina, entre outras)”, cita