MP de São Paulo acusa Petrobras de manter 73 trabalhadores em cárcere privado
Ministério Público do Trabalho de São Paulo pede indenização à estatal
O Ministério Público do Trabalho de São Paulo (MPT-SP) acusou a Petrobras de manter 73 trabalhadores que participaram de greve em fevereiro desde ano em cárcere privado. A colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, falou que o MPT afirmou que a estatal não liberou os funcionários afirmando que eles só poderiam deixar os seus postos se fossem substituídos por outros. A procuradoria pede à Petrobras indenização de R$ 100 milhões, além de reparações individuais de R$ 100 mil aos funcionários.
O MPT-SP contou que a limitação imposta pela Petrobras acarretou em casos de funcionários que trabalharam oito e até 11 dias consecutivos. A Justiça precisou conceder um habeas corpus liberando-os.
No período em que ocorreu a greve, Rodrigo Lestrade Pedroso, procurador do MPT-SP, pediu na Justiça a prisão do gerente da refinaria de Cubatão por manter petroleiros em cárcere privado. O pedido ocorreu depois da Justiça ter solicitado a imediata libertação dos grevistas que já estavam confinados na unidade por mais de 140 horas.
A estatal negou todas as acusações. Em nota à Folha de S.Paulo, ela disse que “repudia a alegação de prática de cárcere privado” e que “já apresentou as razões preliminares ao juiz, para o qual ainda não há decisão”. “No movimento grevista, deflagrado dois meses após o fechamento do acordo coletivo de trabalho em vigor, o sindicato, desobedecendo ordem judicial, negou-se reiteradamente a manter o contingente mínimo determinado”, afirma.
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