Mulher rodoviária ainda luta contra preconceito em Salvador
Gisele Santos foi uma das primeiras em Salvador. Conheça a história dessa rodoviária
Ela foi uma das primeiras em Salvador a encarar o volante e penetrar em um mercado que até então era unicamente composto por homens. Gisele Santos, 52 anos, dois filhos, é motorista de ônibus há 26 anos e teve que enfrentar barreiras formada por preconceitos em relação ás atividades da mulher no mercado de trabalho e se impor como profissional da categoria.
Hoje, quando se comemora o Dia dos Rodoviários, ela se diz uma mulher realizada, tendo conseguido não apenas se impor em uma categoria predominantemente masculina, mas angariar o respeito dos colegas de profissão. Mãe de dois filhos, conseguiu com muito esforço educá-los e transfomá-los em um advogado e integrante do esquadrão Águia da Polícia Militar, e uma estudante do curso de Enfermagem da Unime.
Para conseguir dirigir um ônibus da antiga empresa Capital, fazendo a linha São Caetano x Aeroclube, ela enfrentou preconceitos e ouviu gracejos, piadas e até xingamentos, simplesmente por ser mulher. “Muitos achavam bonito, mas tinha passageiros que dizia que meu lugar era fazer serviço de casa e teve até um que parou o carro na frente e me xingou, mandando eu ir para casa e cuidar dos meus filhos, pois aquele lugar era para homem e o meu lugar era na cozinha