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26 November 2024
Foto: Alberto Coutinho/GOVBA

No dia do retorno do ensino fundamental, secretaria da Educação admite não conseguir precisar frequência de alunos

As aulas semipresenciais da rede pública para os estudantes matriculados no ensino fundamental foram retomadas nesta segunda-feira (9) – duas semanas depois do retorno do ensino médio -, mas não há ainda uma estimativa da aderência dos alunos. De acordo com a Secretaria da Educação do Estado (SEC), só ao final da unidade letiva será posssível precisar se os alunos voltaram às salas.

“A frequência é monitorada junto às unidades escolares, para posterior lançamento oficial no Sistema de Gestão Escolar”, informou a SEC por meio de nota. Ao todo, as 388 escolas atendem ao ensino fundamental somam 125.481 alunos. O ensino médio, por sua vez, tem 780 mil estudantes distribuídos em 1.300 escolas.

Presidente Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (APLB), o professor Rui Oliveira disse ao Metro1 que “é difícil encontrar uma escola funcionando”, já que a categoria definiu que só retornará às aulas depois que o ciclo de imunização estiver completo. Segundo Rui, há uma reunião marcada com o secretário da Educação, Jerônimo Rodrigues, hoje à tarde. “A gente esperar chegar a um consenso. Esperamos bom senso”, acrescentou Oliveira.

O retorno das atividades, para os ensinos médio e fundamental, obedecem às mesmas regras: de forma escalonada, com ocupação de 50% das salas e divididos por grupos. Cada turma de estudantes será dividida em duas, sendo uma turma formada por alunos iniciados por letra constante do grupo de letras de “A” a “I” e a outra turma formada por alunos com nome iniciados por letra constante do grupo de letras de “J” a “Z”.

A unidade escolar tem a responsabilidade de estabelecer a mesma organização de aulas programadas para as rotinas regulares, de modo que, a cada dia, metade da quantidade de alunos de uma turma participará das atividades de maneira presencial e a outra metade desenvolverá atividades de maneira não presencial, em sistema de alternância diária e com igual carga horária. A SEC destacou o investimento de R$ 350 milhões na requalificação das escolas públicas.

Em Salvador, a modalidade híbrida é uma realidade desde o dia 3 de maio. Coordenador do Sindicato dos Professores no Estado da Bahia (Sinpro), Alysson Mustafá informou que, na rede privada, a participação presencial dos estudantes, “de modo geral”, é inferior a 60%.

“Claro que temos mais ou menos uma presença. Mas há uma parte significativa de famílias e de estudantes que optaram por não retornar. Algumas unidades aderem mais, outras menos, mas é uma frequência muito baixa. Grande parte dos alunos segue o ensino remoto, o que nos faz pensar se há realmente necessidade [do retorno presencial]”, acrescentou.

METRO1