O que é a síndrome?
A Síndrome da Dor Generalizada atinge 5% da população mundial — quase 3% dos brasileiros — e principalmente as mulheres. Ocasiona dores fortes em todo o corpo e por longos períodos, causando grande sensibilidade em articulações, músculos e tendões.
Como fazer o diagnóstico?
Há 18 pontos no corpo, localizados em articulações e no pescoço, que são considerados cruciais; se, em 11 desses pontos, o paciente sentir dor quando for tocado, se caracteriza a fibromialgia.
A preparação dos médicos é muito importante para o tratamento da fibromialgia, já que não existe um exame específico. O diagnóstico é clínico, ou seja, deve ser feito com base apenas na avaliação que o médico faz do paciente.
Como ajudar a tratar?
Muita gente acredita que o paciente não consegue se exercitar por causa da dor, mas isso é um mito: não existe tratamento sem exercício.
Isso porque, ao se exercitar, o condicionamento físico aumenta, o que pode diminuir a sensibilidade à dor; além disso, a atividade física tira o foco da dor já que os nervos estão ocupados em transmitir as informações relacionadas ao exercício.
Geralmente, os movimentos aeróbicos leves são os que mais dão resultado, mas não são todos os pacientes que podem fazer – é preciso, portanto, respeitar a capacidade e o limite de cada um e fazer exercício sempre com orientação.
Para ser bem sucedido, o tratamento para a fibromialgia muitas vezes requer o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, contando com profissionais habilitados em nutrição, acupuntura e fisioterapia.
O que causa a fibromialgia?
As causas da doença ainda são desconhecidas, mas acredita-se que ela seja provocada por um descontrole na área do cérebro responsável pelo processamento da dor. Alguns fatores são comuns entre as pessoas atingidas, como antecedentes familiares (o que pode indicar um fator genético), infecções, doenças autoimunes, ansiedade e depressão.
Existe uma cura para a doença?
Não existe cura definitiva para a fibromialgia, mas ela pode ser controlada com medicamentos.
“Uma coisa que a gente observa é que o paciente não pode ficar sem um programa de atividade física constante. Eu sempre brinco com meus pacientes e digo que fibromialgia não tira férias”, disse o reumatologista Eduardo Paiva, chefe do Ambulatório de Fibromialgia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR).