Obama apresenta plano para fechar prisão de Guantánamo
O centro de detenção foi instalado na base americana de Guantánamo, em Cuba, em 2002 durante o governo de George W. Bush, com o objetivo de aprisionar acusados de envolvimento com atividades terroristas após o 11 de Setembro. Em seu ápice chegou a ter cerca de 700 prisioneiros. Ela fica dentro do território de 120 km² na costa sudeste de Cuba que é controlado pelos EUA desde 1903.
As condições a que os prisioneiros eram submetidos tanto na prisão de Abu Ghraib, no Iraque, e em Guantánamo, na Base Naval dos EUA em Cuba, durante a guerra no Afeganistão deixaram indignadas entidades internacionais ligadas aos direitos humanos. Na imagem, preso é carregado por soldados na prisão de Guantánamo, em 2007.
Manifestantes em todo o mundo passaram e realizar diversos atos contra as prisões, questionando a legalidade da comissão militar formada para julgar os prisioneiros, denunciando as condições de sobrevivência no local, além de denúncias de abusos e torturas. As entidades também questionavam a falta de acusação formal contra a maioria dos presos. Na imagem, militantes vestidos com uniformes de prisão laranja protestam pela libertação de presos iemenitas em frente à embaixada dos Estados Unidos em Sanaa, no Iêmen, em 2013.
Sucessor de Bush, o presidente Barack Obama chegou a chamar a prisão de um capítulo triste na história do país e desde a sua primeira campanha presidencial em 2008 demonstrou o desejo de fechar a prisão de Guantánamo. O governo iraquiano fechou Abu Ghraid em 2014.
Hoje, 91 presos estão detidos em Guantánamo. O plano apresentado pelo presidente Barack Obama ao Congresso prevê a transferência de alguns deles para prisões nos Estados Unidos. O relatório do Pentágono mostra que o fechamento de Guantánamo é de “interesse da segurança nacional” e refletirá em uma grande economia para o país.