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27 November 2024
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Ônibus metropolitanos devem deixar de circular na Orla de Salvador; Entenda

Para que a integração do sistema de transporte metropolitano com o urbano fosse possível, uma série de acordos e ajustes foram necessários – e ainda estão em trâmite. Uma das alterações discutidas foi a interrupção da circulação dos ônibus metropolitanos em Salvador através da substituição pelo metrô, na Avenida Paralela, e por ônibus urbanos, na orla da cidade.

Em uma reunião realizada nesta terça-feira (10) pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), foi definido que as alterações na orla da cidade não serão realizadas imediatamente. O acordado no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) previa que os ônibus oriundos da Região Metropolitana de Salvador (RMS) seriam retirados da orla da capital e seriam substituídos por ônibus urbanos. Com o acordo da reunião, o trajeto apenas será assumido por ônibus urbanos após a conclusão dos estudos sobre o valor da tarifa definitiva da integração.

A promotora Rita Tourinho explicou que a circulação de ônibus metropolitanos na cidade de Salvador é uma “irregularidade que vêm se perpetuando ao longo dos anos”. “Para que a prefeitura interrompesse a circulação paralela ao metrô, e apenas realizasse as linhas troncais, circulando pelos bairros ao redor do metrô, o estado acordou que iria retirar os ônibus metropolitanos da orla”, detalhou a promotora.

A necessidade de adiamento da interrupção da circulação dos metropolitanos se deu, de acordo com Rita, por conta das discussões com relação ao desemprego que a integração pode vir a ocasionar. O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários Metropolitano (Sindmetro) afirmou ser contra o corte dos ônibus metropolitanos na orla.

“Lá não tem metrô. O passageiro está sendo obrigado a fazer a interação. Na orla, já existem ônibus urbanos e eles não são concorrentes aos metropolitanos, porque fazem linhas que vêm de Itinga, Jauá, Abrantes, entre outros. Não tem necessidade de tirar da orla”, defendeu o administrador geral do Sindmetro, Mário Cléber, que destacou que a orla tem a circulação de 70 mil passageiros por dia. (Correio)