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27 November 2024
Com carreira construída na Europa, zagueiro sonha em disputar a Copa do Mundo (Foto: Arisson Marinho/Correio 24h)

Para realizar sonho de jogar a Copa, Kanu vai tentar se naturalizar belga

Destaque na campanha do acesso do Leão, jogador tem contrato com o rubro-negro até junho de 2016

Bem-sucedido em 11 anos de carreira profissional, Kanu, 31 anos, acumula uma boa bagagem no futebol internacional. Além de disputar competições como a Liga dos Campeões e a Liga Europa, defendeu um dos maiores clubes da Bélgica, o Standard Liège. E é justamente pelo sucesso que fez no clube belga que o zagueiro quer realizar seu maior sonho: jogar uma Copa do Mundo.

O baiano tem viagem programada ainda neste mês para a Bélgica, onde vai dar entrada no pedido de naturalização. “Está tudo encaminhado. Já enviei os documentos para o meu advogado, que vai resolver isso”, conta Kanu.

Caso consiga se naturalizar, Kanu precisará se empenhar. A tarefa de jogar a Copa 2018, na Rússia, não será nada fácil, já que ele terá pela frente uma disputa acirrada com zagueiros como Vermaelen, do Barcelona, Kompany, do Manchester City, e Vertonghen, do Tottenham.

Kanu sabe que o documento não garante a convocação, mas está confiante. “Não acho que seja mais fácil ser convocado pela Bélgica por conta do nível dos atletas, mas porque é muito mais difícil me chamarem para a Seleção Brasileira. Minha carreira foi construída na Europa, o brasileiro não conhece tanto meu futebol, enquanto os belgas já me conhecem”, analisa.

Segundo ele, o fato de atuar no Vitória também reduz as chances de vestir a camisa verde e amarela. “É um clube grande, mas que atua no Nordeste. Todo mundo sabe como é difícil alguém olhar para um jogador da nossa região”.

Caminho inverso

Kanu escreveu uma história pouco convencional no futebol. Enquanto a maioria faz sucesso no Brasil de olho em uma vaga em time europeu, ele fez o sentido inverso.

Revelado pela Cabofriense, o zagueiro começou a carreira em clubes pouco tradicionais do futebol brasileiro, como os potiguares Alecrim e Estrela do Norte e o sul-mato-grossense Águia Negra. Enquanto muitos buscariam espaço em um clube tradicional brasileiro, ele agiu diferente. Em 2008, partiu para Portugal, onde defendeu o Beira-Mar.

Já no Velho Mundo, foi transferido para o Standard Liège em 2011, quando disputou a Liga dos Campeões da Europa, sonho de muitos atletas. Em 2014, voltou a Portugal para o Vitória de Guimarães, clube que detém seus direitos, e neste ano desembarcou em Salvador para defender o Vitória, clube com o qual tem contrato até junho de 2016.

Por Fernanda Varela / iBahia