abr 23, 2014
Parente de ministro da CGU e marido de juíza, advogado é preso por crimes sexuais na internet
O advogado Ricardo Lopes Hage, marido de uma juíza do Trabalho e parente do ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU) Jorge Hage, está preso na sede da Coordenação de Polícia Interestadual (Polinter), nos Barris, em Salvador, acusado de extorsão e crimes sexuais pela internet. O Bahia Notícias apurou que a prisão temporária de 30 dias, iniciada na última sexta-feira (18), foi solicitada pela Justiça após denúncias de mulheres e até adolescentes que se diziam vítimas de chantagem do jurista. O sigilo telefônico do advogado foi quebrado, bem como expedidos mandados de busca e apreensão para capturar, segundo o processo, "fotos, papéis, celular, aparelhos eletrônicos e qualquer mídia que armazene dados, incluindo-se disquetes, CDs, DVDs, pendrives, HDs externos, CPUs e cartões de memória, que estejam em poder do investigado e na sua residência", situada em um condomínio de luxo no bairro de Patamares. De acordo com as investigações do setor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública, lideradas pela delegada Susy Anne Brandão, Ricardo Lopes Hage se escondia atrás de um perfil feminino falso no Facebook para atrair mulheres. À medida em que conquistava a confiança das amigas virtuais, ele pedia fotos íntimas, conseguia número de telefone e fazia propostas indecentes. Depois se identificava como homem, enviava imagens obscenas e ameaçava divulgar na internet o teor do contato, caso não obtivesse sexo. O processo já está em segunda instância e corre na Segunda Turma da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). O relator é o desembargador Osvaldo de Almeida Bomfim