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16 September 2024
Foto: Reprodução

Pessoas com asma devem evitar o contato com a fumaça dos fogos juninos

A data que marca o início do inverno no Brasil, 21 de junho, é também o Dia Nacional do Controle da Asma. Na região nordeste, neste período, a inalação de fumaça proveniente da queima de fogos de artifício, comuns nos festejos juninos, costuma piorar a situação. “O melhor é evitar o contato”, sugeriu a pneumologista Marta Leite.

Segundo a médica, uma crise asmática pode ser desencadeada quando o paciente se expõe a substâncias transportadas pelo ar, tais como fumaça, sobretudo provocada por cigarro e fogos; ácaros; poeira; pelos de animais; poluentes ambientais; mofo; substâncias químicas (tintas, desinfetantes e produtos de limpeza) e infecções virais (gripe), além de certos medicamentos. “Fatores emocionais e atividade física intensa também podem provocar irritação das vias aéreas”, disse.

A doença – A asma é uma doença inflamatória crônica dos brônquios, vias por onde entra e sai o ar que respiramos. No asmático, a passagem do ar é dificultada porque os brônquios sofrem estreitamento causado pela contração dos músculos ao seu redor e pelo aumento da produção de catarro, também provocado por uma inflamação.  Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 300 milhões de pessoas no mundo convivem com a asma. No Brasil, a doença atinge cerca de 20 milhões de brasileiros e é responsável por cerca de três mil mortes por ano, sendo a quarta causa de internação, afetando indivíduos de todas as idades, embora seja mais frequente na infância.

Sintomas – No inverno, os casos de internação por doenças respiratórias aumentam de 35 a 50%. Nessa estação, as crises de asma tendem a aumentar porque o frio deixa as vias aéreas mais sensíveis e as infecções virais, como a gripe, são mais frequentes. Os sintomas mais comuns da asma são: tosse (seca ou com catarro), chiado no peito, falta de ar e sensação de aperto ou opressão. “Esses sinais podem variar de pessoa para pessoa, assim como a intensidade deles. Para confirmar o diagnóstico da doença, é importante realizar a espirometria, exame que mede a quantidade de ar que o paciente consegue expirar. Os resultados permitem perceber se existe obstrução à passagem do ar nas vias aéreas, principal característica da asma”, explicou Marta Leite.

Tratamento  Apesar de não existir cura para a asma, a doença pode ser controlada. Atualmente, a medicina dispõe de uma vasta gama de medicamentos para tratar e controlar a asma. Seu uso deve ser sempre orientado por um médico pneumologista, após uma avaliação criteriosa.

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