PF deflagra Operação Érebo contra líderes de quadrilhas que atuam em presídios
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (27) a Operação Érebo, que investiga as lideranças regionais de uma facção criminosa que atua dentro e fora do sistema prisional em todo o Brasil. O nome da operação faz alusão ao surgimento e crescimento da facção no caos do sistema prisional, já que Érebo, é nascido do Caos e reina na escuridão.
Foram expedidos 45 mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão em Boa Vista (RR) e Mossoró (RN).
Em nota, a PF afirma que as investigações começaram no ano passado. As investigações mapearam a “estrutura da organização criminosa em Roraima, monitorando as principais lideranças que agiam no Estado”.
“Os elementos angariados em Inquérito Policial permitiram a identificação dos mentores responsáveis pelos diversos atentados que ocorreram em Roraima entre 29 e 31 de julho deste ano, além do cometimento de outros crimes, principalmente o próprio crime de participação em organização criminosa, o tráfico de drogas e a associação para o tráfico”, traz a nota da Polícia Federal.
Segundo a PF, as ordens para os atentados partiram do interior da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, a maior de Roraima, e foram dadas após a autorização do responsável pela organização no Estado – e que estava preso no Presídio Estadual de Piraquara, no Paraná.
O monitoramento dessas lideranças, de acordo com a PF, permitiu que fossem impedidos, em parceria com outros órgãos de segurança pública do Estado, o acontecimento de outros atentados planejados por investigados.
A operação desta terça contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate a Organizações Criminosas (GAECO) do Ministério Público do Estado de Roraima, do Departamento Penitenciário Nacional, da Divisão de Inteligência e Captura e de Agentes Penitenciários da Secretaria de Justiça e Cidadania de Roraima.