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28 November 2024

PIB da China, “Orçamento de Guerra” e dados dos EUA: o que acompanhar na próxima semana

SÃO PAULO – Apesar do alívio dos mercados nos últimos dias, a cautela no mercado segue, com investidores atentos diariamente aos números do surto do novo coronavírus, tentando projetar o quanto esta crise pode se prolongar.

Em meio a este cenário, a agenda econômica externa ganha mais atenção na próxima semana, com atenção especial para o Produto Interno Bruto (PIB) da China, que segundo dados compilados pela Bloomberg deve mostrar uma queda de 6% no primeiro trimestre, na comparação anual.

No gigante asiático saem ainda os números da produção industrial e varejo, que devem trazer mais informações sobre o impacto do coronavírus na segunda maior economia do mundo.

Ainda no exterior, os Estados Unidos devem seguir adotando medidas para proteger a economia, principalmente após os dados recentes de emprego. Por lá, a nova bateria de indicadores deve mostrar declínio nas vendas do varejo e atividade industrial, de acordo com a Bloomberg.

Agenda doméstica

No Brasil, o Senado deve votar na segunda-feira (13) a chamada PEC do Orçamento de Guerra, que permite ao governo gastos além das
regras fiscais previstas na Constituição para combater a pandemia.

Além disso, seguem as discussões sobre o aumento do escopo das atuações do Banco Central. O presidente da instituição, Roberto Campos Neto, se reuniu na quinta com senadores para tentar avançar o projeto.

A emenda poderia permitir ao BC comprar títulos mais longos, que têm sido mais pressionados durante a crise. Enquanto isso, atenção também para a votação do projeto de socorro aos Estados, Distrito Federal e municípios por causa da pandemia, que acabou adiada.

Enquanto isso, a agenda econômica local fica mais reduzida, com destaque para o IBC-Br, considerado uma prévia do PIB e que acabou não sendo divulgado na última semana.

A expectativa, segundo a Bloomberg, é de leve crescimento, mas que não deverá alterar as projeções bastante baixas a partir de março por conta da crise do coronavírus. Por aqui ainda saem alguns números de inflação.