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24 September 2024
Foto: reprodução

PMs terão de entregar arma para perícia após morte de menina no Jardim Santo Inácio

Os dois policiais militares que participaram de uma ação no bairro de Jardim Santo Inácio, em Salvador, que resultou na morte da menina Geovanna Nogueira da Paixão, 11 anos, na manhã desta quarta-feira (24), terão que entregar as armas utilizadas no alegado confronto para a perícia do Departamento de Polícia Técnica (DPT).

A informação foi confirmada pela assessoria da Polícia Militar, segundo a qual a dupla, que não teve o nome divulgado, também vai precisar comparecer no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Pituba, para prestar depoimento sobre o ocorrido.

Após falarem sobre o incidente – os PMs contam que foram recebidos a tiros, por um grupo de suspeitos, na comunidade Paz e Vida -, os policiais devem continuar trabalhando normalmente. Isso porque, segundo a assessoria da corporação, não há nenhuma prova contra os PMs.

A investigação está com a 2ª Delegacia de Homicídios (2ª DH/Central). Parentes e vizinhos da menina já foram ouvidos pela polícia, e disseram que não viram confronto e que os PMs chegaram na comunidade atirando.

Relembre o caso

No dia do crime, Geovanna estava sentada no sofá de casa – um barraco improvisado -, quando resolveu sair para rua. Ela viu o avô, que chegava para fazer uma visita, e tentou ir ao encontro dele. Nesse momento, acabou atingida por um tiro na cabeça, e caiu na porta da residência.

A comunidade e a família de Geovanna culpam a polícia pela morte.

De acordo com a vice-presidente da associação de moradores da comunidade, Cileide Gomes da Silva, os policiais estavam em um carro modelo Ford Ka, preto e sem padronização. O local, ainda de acordo com ela, é tranquilo e seguro.

O sepultamento de Geovanna aconteceu na manhã desta sexta-feira (26), no Cemitério Municipal de Pirajá. A família da garota pretende denunciar o caso à Corregedoria da Polícia Militar. Por A Tarde