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5 October 2024

Polêmico: “Não houve golpe em 1964”, diz Bolsonaro

O deputado Jair Bolsonaro um assunto polêmico e bem falado ultimamente nas redes sociais, a ditadura. O candidato do PSL à Presidência da República, protege a ideia da ditadura militar (1964-1985). Bolsonaro disse que, se eleito, não vai abrir os arquivos do regime. Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, defendeu os atos cometidos pelos militares se justificavam pelo “clima da época, de guerra fria”, e que teria agido da mesma maneira se estivesse no lugar deles.

“Não houve golpe militar em 1964. Quem declarou vago o cargo do presidente na época foi o Parlamento. Era a regra em vigor”, disse.

O candidato ainda ressaltou as atuações dos militares em casos de tortura e também a figura do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra (1932-2015), a quem homenageou em seu voto durante o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Abominamos a tortura, mas naquele momento vivíamos na guerra fria”, justificou. Brilhante Ustra foi chefe do DOI-Codi, um dos principais centros de tortura durante a ditadura.

Bolsonaro ainda atacou indiretamente a imprensa declarando que o seguimento escolhe apenas os casos que afetaram militantes da esquerda para comentar. “Vocês só falam sobre casos da esquerda. Por que não falam sobre o atentado do aeroporto de Guararapes, em que morreu o Edson Regis? ”, questionou, fazendo referência a um atentado a bomba ocorrido em Recife em 1966. “Um dos militantes da AP, não digo que estava lá, era o José Serra. Vamos botar o Serra no banco dos réus então. ”

Sobre os arquivos da ditadura militar o presidenciável disse, disse duvidar que eles ainda existam. “Não vou abrir nada. Esquece isso aí, vamos pensar daqui pra frente”, desconversou.

Click Notícias- Inf: Revista IstoÉ