Popularidade do Whatsapp acaba com mais de 10 milhões de linhas de celular no Brasil
E mais: WhatsApp é pago? Entenda de uma vez por todas como funciona o aplicativo
O WhatAapp está crescendo cada vez mais pelo mundo, mas no Brasil a popularidade do app está tomando outras proporções. De acordo com dados da Anatel, cerca de 10 milhões de linhas telefônicas (diminuição de 3% na base) foram canceladas nos últimos cinco meses – graças à preferência das pessoas pelo app de mensagens.
Todas as operadoras operantes no País sofreram grandes perdas. A Vivo perdeu 3,6 milhões de linhas. A TIM, 3,3 milhões. A Claro perdeu cerca de 2,5 milhões de linhas e a Oi, que perdeu menos clientes, ficou com 1,3 milhão de linhas a menos.
Os números podem ser entendidos como uma preferência generalizada dos usuários a apps de mensagem, como WhatsApp e Viber. As operadoras já haviam, anteriormente no ano, esboçado uma guerra contra o app gigante – mas não conseguiram embasamento jurídico para tentar uma ação contra a empresa. Elas alegavam que o app disponibiliza concorrência pelo mesmo serviço, porém sem arcar com pagamento de impostos.
O Brasil, com exatos 10.358.097 desligamentos de linha até outubro deste ano, está atrás de Bolívia (10,5 milhões) e Portugal (11,8 milhões). Ainda assim, figura entre os líderes mundiais de cancelamento telefônico.
Às grandes operadoras, resta criar planos e pacotes para tentar ao máximo segurar os clientes. Mas será que quando elas afirmam que o usuário terá acesso gratuito a WhatsApp, Facebook, Instagram e Twitter elas estão sendo totalmente honestas? Confira:
A Claro anunciou recentemente uma promoção na qual os clientes de planos pós-pago, pré-pago e controle poderiam usar gratuitamente o WhatsApp, Facebook e Twitter sem descontar da franquia de dados.
Uma rápida olhada no regulamento da promoção mostra que não é bem assim que as coisas funcionam.
Para o Facebook, a rede social pode ser acessada via o app para iOS, Android, Windows Phone, Java e até mesmo a versão mobile do site (m.facebook.com). Você pode curtir fotos, comentar, compartilhar posts e atualizar o status. Agora, se você quiser conversar via Messenger, a ação será cobrada da sua franquia de internet.
E outra: se você acessar jogos, ver vídeos, ou clicar em links que levem para fora do Facebook, você irá pagar.
Já no WhatsApp, você pode conversar à vontade, mandar videos e receber fotos. Só não vale fazer chamadas se não quiser ter sua franquia utilizada.
No Twitter, só é possível acessar o microblogging via o site móvel (m.twitter.com). Se você usar o app do Twitter, você terá seus créditos consumidos.
Caso você precise fazer atualizações em qualquer um desses aplicativos, a sua franquia é que terá que arcar com o download.
Essa não é a primeira vez que um serviço é vendido dessa maneira. Em 2013, a TIM ofereceu o mesmo tipo de promoção, e o funcionamento era muito parecido com o ocorrido atualmente com a Claro.
Uma coisa que é importante lembrar é que gratuidade é diferente de ilimitado. O uso após certo limite será cobrado, mesmo que o plano originalmente seja grátis. Os pacotes elegíveis para essa promoção são: Diário 10 MB/15 MB/30 MB (com bônus de 50 MB para Facebook, Twitter e WhatsApp), Mensal 300 MB/600 MB (com 500 MB), Controle 49/52 (com 500 MB) e Claro online Max (500 MB). Os demais planos pós-pago não fazem parte da promoção.
Se você consumir estes bônus, o acesso aos apps será descontado da franquia.
Você já deve ter ouvido alguma vez na sua vida que o WhatsApp vai ser pago. Mas essa informação é real? Ou não passa de spam? Entenda exatamente como funciona o maior aplicativo de mensagens do mundo.
O WhatsApp é um aplicativo de mensagens instantâneas criado em 2009 por Brian Acton e Jan Koum, ambos ex-empregados da Microsoft. Lançado originalmente para iPhone e Blackberry, o app começava a chamar atenção do público.
Em 2010, os fundadores decidiram tornar o app pago para tentar barrar o crescimento (a empresa não tinha condições de suportar tantas mensagens sendo enviadas). O WhatsApp custava o equivalente hoje a R$ 4 (US$ 0,99).
Em 2010 lançou o app para Android. Mais tarde a empresa então decidiu, como forma de estratégia, liberar o WhatsApp de graça para o sistema operacional e cobrar uma anuidade, ao invés de cobrar para fazer o download. O usuário teria um ano de teste grátis do serviço e então começaria a pagar R$ 4 (US$ 0,99) por ano. A medida fez tanto sucesso que a empresa fez a mesma coisa com a versão do iPhone.
Com isso, todas as versões do app passaram a ser de graça, com a condição de que após um ano o usuário passasse a pagar uma taxa anual. No site oficial do WhatsApp, consta que a cobrança após um ano de uso ainda é feita.
A medida entrou em vigor em meados de 2013. No entanto, no primeiro semestre de 2014 o Facebook comprou o WhatsApp por inacreditáveis R$ 82 bilhões (US$ 22 bilhões).
Desde então, usuários que estão há mais de um ano no serviço alegam não ter sido cobrados. Apesar de o site oficial dizer que o uso gratuito duraria apenas um ano a partir do download, muita gente continua usando o serviço normalmente mesmo após o término do período para testes.
É impossível saber, no momento, se se trata de um erro que faz com que as pessoas burlem o sistema do app ou se o Facebook aboliu a ideia de cobrar uma taxa anual. Afinal, com quase 1 bilhão de usuários ativos no mundo inteiro, seria muito arriscado se Mark Zuckerberg resolvesse pedir dinheiro dos clientes do app e corresse o risco de perder usuários.
A desinformação das pessoas em relação a como funciona o app, principalmente pela incoerência entre o que está escrito no site do WhatsApp e o que acontece na vida real, faz com que muitos boatos e spams sejam criados todos os dias por pessoas que tentam se aproveitar da desinformação e roubar informações pessoais de outros usuários.
Constantemente são compartilhadas na rede social mensagens avisando sobre o fim do WhatsApp, ou o começo da era paga do aplicativo.
A verdade é que enquanto ninguém se pronuncia oficialmente, vale o que está no site da companhia. Portanto, após um ano de uso, o WhatsApp é pago. Resta saber como essa cobrança é feita, já que aparentemente ninguém nunca teve que ceder um centavo à empresa.