Paulo Whitaker/ReutersO Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro subiu 1,15%, enquanto, em novembro, havia registrado 0,51%. Esse foi o maior resultado para um mês de dezembro desde 2002, quando o índice ficou em 2,10%. Em dezembro de 2018, a taxa foi de 0,15%.
No ano, o IPCA, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), acumulou variação de 4,31%, terminando 2019 acima do centro da meta do governo, de 4,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Em relação a 2018, ficou 0,56 pontos percentuais (p.p.) acima dos 3,75% registrados no ano passado.
Os 4,31% de 2019 superaram também as expectativas do boletim Focus, divulgado pelo Banco Central semanalmente. Na segunda-feira (6), os economistas consultados apostaram em aumento de 4,13% nos preços.
Após a aceleração registrada na passagem de outubro (0,05%) para novembro (0,72%), o grupo Alimentação e bebidas registrou alta de 3,38% em dezembro, maior variação desde dezembro de 2002 (3,91%).
O grupo Alimentação e bebidas, com alta de 6,37%, teve também o maior impacto na inflação anual, representando 1,57 p.p. no índice geral.
A seguir, vieram Transportes (3,57%) e Saúde e Cuidados Pessoais (5,41%), com impactos de 0,66 p.p. e 0,65 p.p., respectivamente. O único grupo a apresentar variação (-0,36%) e impacto (-0,01 p.p.) negativos foi Artigos de Residência
Por regiões, a maior variação ocorreu em Belém (1,78%), principalmente por causa da alta nos preços das carnes (15,23%). O menor resultado foi registrado no município de Rio Branco (0,60%), influenciado pela queda do item energia elétrica (-3,81%) e, também, por uma alta menor nos preços das carnes (7,67%) na comparação com os outros locais pesquisados.