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27 September 2024

Prefeito de Simões Filho abandona saúde e população sofre por falta de remédio

Pacientes que dependem de medicamentos fornecidos na farmácia básica da Prefeitura de Simões Filho, na Bahia, reclamam da ausência de alguns itens, como os destinados aos tratamentos contra Hipertensão arterial, que é uma doença crônica, em que a pressão sanguínea nas artérias se encontra constantemente elevada, podendo causar a morte.

De acordo com os pacientes, faltam medicamentos em praticamente todos os Postos de Saúde. São mais de 15 unidades. Literalmente a saúde da cidade está na UTI, e esse problema crônico vem se arrastando ao longo da gestão do Prefeito Diógenes Tolentino – Dinha (MDB).

Não só a falta de medicamentos tem sido um desafio para usuários do Sistema Público de Saúde de Simões Filho que atualmente convivem com um déficit imensurável. Quem depende da distribuição de medicamentos tem convivido ainda com problemas de infraestrutura que expõem pacientes e seus familiares a longos prazos de espera, e atendimento precário nas unidades, além de dificuldades para atendimento no serviço de informação na Secretaria de Saúde. Usuários dizem que o transtorno que era eventual, se tornou mais frequente nos últimos anos, e cobram melhorias urgentes.

O problema é que, na maioria das vezes o cidadão não consegue ter, pelo menos, acesso a informações, muito menos ao serviço de saúde, o que dificulta ainda mais a vida de quem precisa buscar os medicamentos em Simões Filho, uma triste realidade que tem afetado a população. “Eu não estou encontrando o medicamento que eu preciso. A um direito constitucional que nos assiste, mas infelizmente aqui estamos sofrendo”, lamenta dona Joana Gomes. Ela procurou Losartana e não encontrou.

Se não há remédios para uso da população, imagine para tratamento odontológico. A informação é que dentistas da rede pública de Simões Filho estão há dois anos e dez meses sem atender pacientes por falta de insumos odontológicos em toda rede de saúde do município, ou seja, Dinha vai completar três anos a frente da administração municipal sem abrir licitação para compra desses materiais para cuidar da saúde bucal da população. Por conta disso, os profissionais de saúde não conseguem fazer os atendimentos necessários.

Atualmente, a Prefeitura de Simões Filho tem contrato com quatro empresas distribuidoras de medicamentos, investindo R$ 500 mil por mês.

Denúncia bombástica

Como se não bastasse o caos administrativo na Prefeitura de Simões Filho, Alfredo Cerni, o popular Alfredão, que chegou trabalhar na Secretaria de Saúde e recentemente ocupava um cargo no gabinete da primeira-dama e deputada Kátia Oliveira, fez uma revelação bombástica que envolve desvio de recursos públicos com a compra de medicamentos.

“Na saúde tem um problema de um desfalque lá, mas não foi eu. Existe um desfalque lá de medicamentos da Secretaria de Saúde, que foi feita auditoria, o Conselho Municipal é ciente e sabe que viu, a nota chegou, mas os medicamentos ninguém sabe. Isso foi agora, na gestão do prefeito Dinha”, afirmou Alfredo Cerni no programa do radialista Roque Santos, na Rádio Sucesso FM.