Prefeito do interior de Goiás agride filha após ver fotos íntimas da garota no celular
Minha filha tomou um corretivo e eu não me arrependo de ter dado esse corretivo”, disse Amauri Ribeiro
O prefeito da cidade de Piracanjuba, interior de Goiás, confessou que bateu na filha de 16 anos após descobrir fotos íntimas da garota no celular. “Minha filha tomou um corretivo e eu não me arrependo de ter dado esse corretivo. Qualquer pai que tenha amor pela moral e zelo pela sua família teria se desesperado ao ver o que eu vi”, disse Amauri Ribeiro (PRP) ao G1. O fato aconteceu no último dia 20.
Após a agressão, a adolescente tirou fotos das lesões nas costas e na boca e estas foram parar nas redes sociais. O Conselho Tutelar fez a denúncia ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) contra o prefeito. O promotor da Infância e da Juventude de Piracanjuba, Keller Divino Adorno, disse ao G1 de Goiás que já ouviu a adolescente.
“Ela esteve na promotoria na terça-feira (24) acompanhada da mãe. A jovem explicou que apanhou de cinto, fez as fotos e repassou à avó materna que, por meio de um parente, publicou no Facebook. Ela confirmou que, apesar da situação, não quer uma medida protetiva contra o pai”, contou Adorno.
Em entrevista ao G1, o prefeito disse que se descontrolou ao ver fotos da filha de calcinha no celular. “Eu estava com o celular dela gravando um vídeo de uma brincadeira entre ela e minha outra filha, quando decidi olhar as fotos. Lá vi algumas imagens que me desconcertaram e, ao questioná-la, ela negou, mas a prova estava lá. Aí, fiquei nervoso, me descontrolei, e acabei dando um tapa na boca dela”, contou.
Ribeiro disse ainda que ficou preocupado não apenas pela situação em si, mas pelo risco das imagens vazarem na internet. O pai se disse arrependido pelo ato, porém, não encontrou outra alternativa diante da situação. “Realmente a surra pode não ser a melhor punição, mas eu não encontrei outro jeito”, disse.
Questionado sobre as investigações, ele garantiu que irá colaborar com as autoridades. “Estou tranquilo, pois admito o que eu fiz e reforço que a minha atitude foi para corrigir a minha filha. Se eu não fizesse isso e lá na frente ela errasse, a culpa seria minha de não ter tomado uma atitude. Pode não ter sido a melhor, mas foi a que encontrei