Prefeito espera ‘coerência’ de Célia após vice apresentar candidatura a prefeita
A vice-prefeita de Salvador, Célia Sacramento (PPL), caminhou lado a lado com o prefeito ACM Neto (DEM) até pouco mais de uma semana, quando o democrata anunciou que o vice na sua campanha à reeleição seria o deputado estadual Bruno Reis (PMDB). Preterida, Célia, que acreditava na possibilidade de reeditar a chapa de 2012, lançou-se candidata à prefeitura e vai enfrentar quem até há pouco era aliado. Agora em lado oposto, o prefeito ACM Neto espera “coerência” de quem teceu “inúmeros elogios” a ele ao longo de quase quatro anos de mandato. “A grande resposta que Célia pode ter a qualquer eventual crítica ou mesmo alguma colocação do momento de agora quem vai dar a própria Célia Sacramento, que, até há 15 dias atrás, estava em todos os palanques me considerando o melhor prefeito do Brasil, dizendo do orgulho que tinha em participar dessa gestão. Foram inúmeras as qualidades, adjetivos e elogios que ela proferiu há 15 dias”, afirmou em entrevista ao Bahia Notícias. Ao explicar o processo que levou a adversária a não ser escolhida para compor a vice, o democrata revelou que Célia foi avisada por ele de que sua saída do PV poderia dificultar sua manutenção na chapa. Ao ingressar no PPL, ela anulou suas chances de ser mantida na disputa: Neto não poderia ter ao seu lado uma legenda com menor representatividade política. “No dia que ela saiu do PV, ela foi conversar comigo lá no gabinete da prefeitura. Eu dei um conselho a ela: ‘Célia, não saia do PV. Você sair do PV pode dificultar, no futuro, uma permanência sua na chapa’. Eu dei esse conselho, ela reconhece isso. Eu adverti que ela não fizesse essa mudança. No entanto, ela fez sua escolha sua partidária, que limitou bastante suas possibilidades de se manter na chapa. Tentei explicar muito abertamente, abrir o horizonte para novos projetos construídos com ela, mas ela fez uma opção que eu tenho que respeitar”, revelou. Neto ainda assegurou não considerar a candidatura de Célia uma “ofensa a ele” e disse ter “enorme consideração por ela e pelo o que ela representa”. “Célia pode falar o que quiser neste momento. Eu não vou deixar de querer bem a ela, passei a ter uma relação de afeto com ela. É a democracia, ela tem o direito de ser candidata”, minimizou.
BN