Prefeitura pode adotar medidas mais restritivas em bairros com maiores índices de Covid-19
Com o avanço das taxas de contágio de Covid-19 na cidade, e por consequência do aumento de ocupação dos leitos disponíveis, o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), avalia a possibilidade de decretar medidas restritivas mais duras em alguns dos bairros da cidade.
A divulgação do último boletim do inquérito epidemiológico conduzido em Salvador, mostrou que os bairros da Pituba, com 5.025 casos confirmados da doença, Pernambués, com 4.721 registros, e Brotas, com 3.959 casos, lideram a lista de infectados por Covid-19 mesmo com as medidas adotadas para conter a alta nos números, e cujos decretos expiram amanhã.
“Temos decretos que vencem amanhã e muito provavelmente iremos renovar as medidas nesses bairros. Na Pituba por exemplo os números não cedem, continua sendo a campeã da cidade, Pernambués cresceu muito, ultrapassou Brotas e temos altos índices também em Itapuã, Fazenda Grande do Retiro e São Marcos. O Imbuí que também estava nesse grupo apresentou queda nos números e vai sair dessa lista. Assim que eu tiver consolidado os números, iremos adicionar mais um bairro. Estamos avaliando e poderemos adotar medidas mais restritivas nesses bairros”, afirmou Bruno.
O prefeito ressaltou que as medidas poderão ser implementadas para somar junto a outras que estão em curso, como o fechamento dos serviços não-essenciais, e apelou para que o isolamento social continue sendo praticado de modo a evitar um colapso do sistema de saúde soteropolitano.
“Todos tem acompanhado o esforço que a prefeitura tem feito. Reforçamos nossas equipes com 165 servidores nomeados e estamos dando nosso melhor. Temos um número superior de leitos de UTI ao que tínhamos no auge da primeira onda e estamos indo além dos limites para salvar a vida das pessoas. Então, essas medidas de isolamento social são necessárias para diminuir a taxa de contágio e aí precisamos ter a franqueza de dizer que se não diminuirmos essas taxas, poderemos entrar em um colapso na nossa cidade. Essas medidas que adotamos, com a chegada do toque de recolher e do fechamento dos serviços não-essenciais, estão sendo avaliadas e sabemos que leva um tempo para que essas medidas surtam efeito. Então iremos analisar os índices e com base nesses critérios iremos tomar decisões. Se for preciso, tomaremos medidas ainda mais duras para que possamos salvar vidas”, disse.