Presidente da Embasa rebate críticas da prefeitura e defende entidade metropolitana de regulação
Foto: Francis Juliano
Apesar das negativas da prefeitura de Salvador sobre a suposta intenção de privatizar a Embasa – hipótese levantada inclusive pelo governador Jaques Wagner após o prefeito ACM Neto anunciar, na última segunda feira (9) que o Município assumiria a regulação da companhia – o presidente da empresa, Abelardo Oliveira Filho, se diz com "a pulga atrás da orelha". "Tínhamos negociado um número e aí depois vem o novo prefeito e pede a soma de R$ 1,8 bilhão. A Embasa não pode fazer isso. Quem é que pode pagar?", indaga. O valor, que considera "exorbitante", foi colocado, informa, pelo secretário municipal da Fazenda, Mauro Ricardo. O titular da pasta nega as afirmações do gestor da Embasa, que diz ser "fantasia". As especulações no setor e no meio político dão conta de que a Foz, integrante do grupo Odebrecht e apontada como uma das maiores colaboradoras do DEM esteja de olho na vaga, que seria arrematada por R$ 2 bilhões. Em entrevista ao Bahia Notícias, Oliveira rebate as críticas da prefeitura aos serviços prestados pela Embasa, expõe dívidas do Executivo municipal e argumenta em prol da entidade metropolitana da RMS, cuja criação foi aprovada pela Assembléia Legislativa da Bahia (AL-BA) na última quarta-feira (11). Na polêmica proposta, o governo do Estado tem 40 dos cem votos do colegiado – o resto será dividido entre os municípios da região. "Tem uma decisão do Supremo que coloca claramente essa questão, o governador não está inventando nada, está cumprindo a lei da região metropolitana, que precisa de um órgão de governança e uma decisão do STF que deu dois anos para que a região metropolitana do Rio de Janeiro e de Salvador se adaptasse", declara. Leia a íntegra da entrevista aqui.