Prestes a selar acordo de delação, ex-deputado cita Jaques Wagner e Aécio Neves
O ex-presidente do PP, Pedro Corrêa, na iminência de fechar um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República no âmbito da Operação Lava Jato, adiantou ter informações que podem encrencar aproximadamente cem políticos, ligados tanto ao governo Dilma Rousseff quanto à oposição. Entre eles, estão dois ministros do governo – Jaques Wagner, da Casa Civil, e Aldo Rebelo, da Defesa – e o senador Aécio Neves (PSDB). Preso atualmente em Curitiba, Corrêa foi condenado a 20 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro nos esquemas de corrupção na Petrobras. A menção a Wagner, figura central do governo, o mantém mais uma vez sob os holofotes da Lava Jato, já que se soma à delação do ex-diretor Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, de que teria recebido grande volume de recursos desviados da Petrobras para custear sua campanha a governador da Bahia, em 2006.
Por outro lado, Aécio Neves já havia sido mencionado como destinatário de R$ 300 mil em propina também proveniente da estatal, na delação de Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará, entregador de dinheiro do doleiro Alberto Yousseff. De acordo com a Folha de S. Paulo, apesar das citações, Corrêa ainda não entregou documentos comprobatórios da participação destas pessoas nos esquemas de corrupção na Petrobras. A assessoria de Wagner afirmou à publicação que não se pronunciaria sobre o assunto, já que não sabe as circunstâncias em que foi citado por Corrêa. Já Aldo Rebelo e Aécio Neves preferiram não se manifestar. A assessoria do tucano afirmou que também não sabe os termos que o senador foi mencionado.