PRF apreende 120 caixas de hidroxicloroquina do Paraguai
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 3.600 comprimidos de hidroxicloroquina nesta quarta-feira (27) na BR-153, em Uruaçu, no norte de Goiás. O medicamento contrabandeado do Paraguai tinha como destino o Maranhão. A hidroxicloroquina é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para tratar pacientes com COVID-19.
Um dos maiores estudos já publicados, que analisou 96 mil pacientes, apontou que, além de não ser eficaz no combate ao coronavírus, a hidroxicloroquina pode aumentar o risco de morte por problema cardíaco. Segundo a PRF, em abordagem de rotina, os agentes pararam uma caminhonete com quatro ocupantes. Os homens, com idades entre 29 e 58 anos, alegaram que estavam retornando para casa, na capital maranhense, após trabalharem em São Paulo na produção de um show sertanejo transmitido pela internet.
Durante a revista feita nas bagagens, os policiais encontraram 120 caixas de hidroxicloroquina, com 30 comprimidos cada, dentro de uma das caixas de equipamento sonoro. A embalagem informava que o medicamento era produzido no Paraguai e, portanto, de comércio proibido no Brasil.
Os ocupantes da caminhonete alegaram, inicialmente, ter pego os medicamentos em São Paulo, mas depois afirmaram ter sido em Campo Grande (MS). A PRF suspeita que o remédio entrou no país pela fronteira do Paraguai com o estado de Mato Grosso do Sul. De acordo com o grupo, a medicação seria levada para ser distribuída na capital maranhense.
A Vigilância Sanitária de Uruaçu foi acionada e a ocorrência será encaminhada para a Polícia Civil do município, onde seguirá a investigação. Os homens poderão responder por crime contra a saúde pública. Do UOL.
Veja abaixo a nota na íntegra da Secretaria de Estado da Saúde (SES):
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) sublinha que o processo de aquisição do medicamento para as unidades da rede estadual obedece ao rigor da lei. Destaca, também, que o laboratório farmacêutico responsável pelo fornecimento do medicamento realiza a entrega por meio de transporte aéreo.
A Secretaria espera que as acusações sejam devidamente investigadas pelas autoridades policiais e reforça que está à disposição, caso venha a ser acionada, para prestar os devidos esclarecimentos.
Por fim, em sendo comprovada a origem ilícita dos medicamentos tendo por destino qualquer unidade de saúde pública ou privada do Maranhão, a SES pontua que a Vigilância Sanitária deve ser acionada.