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27 September 2024

Privatização com as refinarias reduzirá geração de emprego, aponta Sindipetro-BA

“Estamos falando de empregos diretos, próprios e terceirizados, que atuam diretamente na refinaria. Cerca de 2.500 mil pessoas”.

A privatização de oito refinarias da Petrobras, entre elas a baiana Landulpho Alves (Rlam), reduzirá a capacidade de geração de emprego no estado e, por tabela, em todo o país, avalia Deyvid Bacelar, diretor do Sindipetro-BA.

“Estamos falando ali de em torno de 900 trabalhadores e trabalhadoras concursados da Petrobras, além de algo em torno de 1.500 trabalhadores que atuam nas diversas empresas que trabalham ali dentro. Estamos falando de empregos diretos, próprios e terceirizados, que atuam diretamente na refinaria. Cerca de 2.500 mil pessoas”, estimou o dirigente em entrevista à rádio Metrópole na manhã desta segunda-feira (1º).

Na última sexta (28), a estatal anunciou que venderá, além da Rlam-Mataripe, mais sete unidades de refino que, juntas, representam 50% da capacidade nacional —cerca de 1,1 milhão de barris por dia de petróleo processado.

“É obvio que, numa atividade como essa, estamos falando da maior empresa do Norte e Nordeste do país, que é a refinaria Landulpho Alves, que representa hoje 25% da arrecadação de ICMS no estado da Bahia. Estamos falando também de vários empregos indiretos que goram em torno da Landulpho Alves. Vários serviços são prestados ali. Tanto para a refinaria como para várias empresas que atuam ali dentro”, diz Bacelar.

O diretor do Sindipetro-BA afirma que a categoria está mobilizada para tentar impedir a operação.

“Na verdade, é um projeto de venda que foi remodelado agora pelo governo Bolsonaro, mas desde o governo Temer se tenta vender algumas refinarias do país. Dessa vez, estamos falando da capacidade de refino que a Petrobras tem hoje no Brasil. Com muita indignação, estamos fazendo que os sindicatos estejam atuando de todas as formas para nós inviabilizarmos essa venda das refinarias. Ações políticas, ações jurídicas e ações sindicais já estão sendo tomadas pelos nossos sindicatos”, assinalou o diretor.