Protestos de estudantes estaduais travam trânsito em Cajazeiras e Itapuã
Manifestações ocorrem na manhã desta segunda-feira (14), em Salvador.
Falta de limpeza nas escolas é motivo de mobilizações, diz Transalvador.
Dois protestos de estudantes de escolas estaduais deixaram o trânsito congestionado nos bairros de Cajazeiras X e Itapuã, na manhã desta segunda-feira (14). De acordo com a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), os alunos reclamaram da falta de limpeza nas instituições de ensino. As duas mobilizações foram encerradas no final da manhã.
Em Cajazeiras, segundo a Transalvador, o prostesto ocorreu na Estrada da Paciência, em uma região conhecida como “Rótula da Feirinha”. A manifestação começou por volta das 9h.
Já em Itapuã, o protesto foi feito no Largo da Sereia, na entrada da Avenida Dorival Caymmi. Por conta das manifestações, a Transalvador afirma que o trânsito ficou complicado em ambas as regiões.
Conforme Ana Angélica Rabello, coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública, Comercial, Industrial, Hospitalar, Asseio, Prestação de Serviços em Geral, Conservação, Jardinagem e Controle de Pragas Intermunicipal (Sindilimp), as escolas estaduais do estado estão sem limpeza porque os funcionários terceirizados estão com os salários atrasados e enfrentam a falta dos pagamentos dos vales de transporte de alimentação. “Tem funcionário que está sem receber há dois meses. As pessoas não podem ir trabalhar porque estão sem alimentação e salário”, afirma Rabello.
Procurada pelo G1, a Secretaria Estadual de Educação (SEC) afirmou, por meio de nota, que já notificou oficialmente as empresas terceirizadas que apresentam irregularidades e que não estão efetuando os pagamentos em dia dos funcionários. O órgão diz que as empresas que ainda estão com fatura a receber precisam apresentar documentação comprovando que já efetuaram o pagamento de seus funcionários.
A SEC acrescenta que os novos contratos do órgão serão regidos pela Lei Anticalote, a fim de garantir maior segurança nas relações contratuais e, também, no pagamento aos funcionários terceirizados. A Lei Anticalote reforça a preservação de direitos essenciais, ao determinar que sejam retidos em conta benefícios trabalhistas.
Atualmente, dos 515 contratos de terceirizados do Estado, 341 já estão regidos pela Lei Anticalote. Em nota, a SEC disse que assegura o cumprimento dos 200 dias letivos e informa que será elaborado calendário especial para compensar as aulas nas escolas que tiveram as atividades suspensas.