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1 October 2024

Psicólogo considera absurda decisão sobre tratamento de pessoas homoafetivas

A decisão de um juiz de Brasília, que deixou psicólogos livres para oferecer tratamentos contra a homossexualidade, vem gerando muita polêmica e discussões, especialmente nas redes sociais. O Acorda Cidade ouviu o professor de psicologia Alfredo Morais, que afirmou que essa decisão é absurda, já que vai de encontro ao que diz a Organização Mundial de Saúde (OMS) e também a própria ciência.

“É um retrocesso no que tange o pensamento sobre a homoafetividade no nosso país. É um retrocesso em todos os pontos. Isso chega a ser uma agressão a comunidade LGBT, pois a homossexualidade deixou de ser doença pela OMS desde 1990. Estamos incorrendo em um risco enorme de uma ‘caça as bruxas’ em uma comunidade que já conquistou seus direitos”, afirmou.

O professor diz ainda acreditar que o juiz não conhece o que é tratar alguém em nível de psicologia. Segundo ele, alguns psicólogos defendem esse tipo de tratamento, principalmente os que versam alguma religiosidade adversa a liberação da orientação sexual. Apesar disso, ele alerta que o Conselho Federal de Psicologia não concorda com essa liminar.

“Acredito que o juiz não tem conhecimento sobre os tratamentos psicológicos e legislar contra a Organização Mundial de Saúde é algo muito perigoso”, destacou o professor de psicologia Alfredo Morais.