Rebelião no RN: Em tom de ameaças, facções voltam a ocupar telhados de penitenciária
Detentos voltaram a ocupar os telhados dos pavilhões da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, após a Polícia Militar sair do local. Segundo informações do G1, os presos estão munidos de pedras, paus e facas nas mãos e com bandeiras com as siglas de duas facções criminosas. Apesar do movimento, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) nega que a rebelião tenha sido retomada.
A Polícia Militar deixou a área interna da penitenciária – onde ficam os pavilhões – por volta das 18h de domingo (15), mas, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (Sesed), permaneceu na área administrativa durante toda a noite. A Sejuc informou que a situação está tensa em Alcaçuz, mas que “não se configura uma nova rebelião” e que “hoje será um dia de operações na unidade com os grupos especiais da Sejuc e Sesed, além dos agentes penitenciários
Rebelião
A Penitenciária de Alcaçuz passou uma rebelião de mais de 14 horas que terminou na manhã deste domingo (15) e deixou 26 mortos. Essa foi a rebelião mais violenta da história do Rio Grande do Norte. A rebelião começou com uma briga entre presos dos pavilhões 4 e 5 por volta das 17h de sábado (14). De acordo com a presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Vilma Batista, homens em um carro se aproximaram do presídio antes da rebelião e jogaram armas por sobre o muro.
Segundo o governo, a briga estava restrita aos dois pavilhões. O pavilhão 5 é o presídio Rogério Coutinho Madruga, que fica anexo a Alcaçuz. Há separação entre presos de facções criminosas entre os dois presídios.